Cid Gomes rompe com Elmano após impasse sobre presidência da Alece e enfrenta perda de apoio político
O feriado de 15 de novembro foi marcado por um forte embate político no Ceará. O senador Cid Gomes comunicou ao governador Elmano de Freitas que não aceitaria o Partido dos Trabalhadores (PT) na presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Em resposta, Elmano foi enfático:
— O PT terá o presidente da Alece.
Diante do impasse, Cid Gomes anunciou:
— Não mudo de posição. E vou romper.
Disputa pela sucessão na Alece
Cid Gomes agora defende a candidatura de Salmito Filho como sucessor de Evandro Leitão, atual presidente da Alece. No entanto, a movimentação enfrenta sérios obstáculos. A base aliada do governador Elmano já fez as contas e concluiu que Cid teria, no máximo, cinco votos entre os 46 deputados estaduais:
- Guilherme Landim
- Lia Gomes
- Jeová Mota
- Sérgio Aguiar
- Marcos Sobreira
A situação se complica ainda mais com a possível recusa de Salmito Filho em ser candidato contra o PT e a declaração de Jeová Mota, que reafirmou lealdade ao governador:
— Voto no PT.
Mota pediu ainda que Cid liberasse os parlamentares para apoiarem o nome petista. Com isso, o número de apoiadores de Cid pode se reduzir a apenas quatro deputados.
Crise política em evidência
O rompimento entre Cid Gomes e Elmano de Freitas evidencia uma fissura significativa na base governista cearense. A disputa pela presidência da Alece vai além de uma simples escolha de nomes, refletindo um embate entre lideranças e projetos políticos para o futuro do estado.