Rollemberg diz manter ‘contato informal’ com Fundação Cacique Cobra Coral

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O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, afirmou nas redes sociais que tem “mantido contatos informais” com a Fundação Cacique Cobra Coral – entidade esotérica que teria o poder de controlar o clima –, em busca de soluções para a crise hídrica que atinge a capital. Segundo Rollemberg, as conversas não incluem contrato ou pagamento, mas “toda ajuda é bem-vinda”.

A publicação foi ao na última sexta-feira (31). Na quinta (30), matéria veiculada no portal do G1 mostrou que a fundação tinha montado um “quartel-general” em Luziânia, no Entorno, para adiar a chegada da estiagem ao Planalto Central. A informação foi confirmada pelo porta-voz da entidade, Osmar Santos, mas, naquele momento, a Caesb e o Palácio do Buriti informavam “desconhecer” o convênio.

Na postagem, Rollemberg diz que, “como católico”, tem “rezado muito para que chova bastante no DF”. As atividades da Fundação Cacique Cobra Coral estão relacionadas a contatos com o plano astral e com o espírito do cacique que nomeia a entidade – e que já passou pela terra como Abraham Lincoln e Galileu Galilei, segundo o grupo.

Santos disse que a fundação se define como “entidade esotérica científica, ou espiritualista”. Segundo ele, toda operação tem apoio técnico de dois cientistas voluntários – um da Universidade de São Paulo (USP), e um do Centro de Previsões e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe).

Ao contrário do que afirma o governo, a Fundação Cacique Cobra Coral diz que um contrato será fechado, e terá de ser publicado em Diário Oficial. O acordo não prevê repasse de dinheiro público – as atividades são custeadas por empresários e mantenedores, afirma a entidade.

Fé contra a crise

Segundo o porta-voz, a operação será similar à que foi empregada em São Paulo e no Rio de Janeiro, em 2015, para conter a crise hídrica que secou os reservatórios daquela região.

Em fevereiro, o blog “Gente Boa”, do jornal “O Globo”, informou que o prefeito João Doria tinha fechado nova parceria com a fundação. “Quem nos indicou para o governo de Brasília foi o governador [do Rio], Luiz Fernando Pezão, que tocava essa operação por lá”, diz Santos.

“Começamos há uns 20 dias. [A intervenção] Consiste em prolongar esse período chuvoso por mais uns dias, para tornar o outono e o inverno mais úmidos. Também queremos antecipar o período chuvoso já para setembro.”

Em anos “normais”, a temporada de chuvas no DF começa em meados de outubro, e se estende até o mês de março. Se o clamor ao cacique for atendido, as nuvens devem continuar sobre a capital federal por, pelo menos, mais dez dias.

“É um processo gradual, porque você não pode mexer com a natureza de qualquer jeito, causando efeito colateral. Mas vão ser as águas de abril, e não de março, que vão fechar o verão.”

Além do socorro às crises hídricas, a fundação já foi acionada pelos governos estaduais, pela União e até por outros países para garantir o céu limpo em grandes eventos – Rock in Rio, festas de réveillon e Olimpíadas, por exemplo.

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