Rollemberg vai ter que remar muito para decolar campanha

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O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), foi o principal alvo dos adversários no debate promovido pelo Metrópoles na noite dessa segunda-feira (9), no auditório ParlaMundi na Legião da Boa Vontade (LBV). Ao que parece, o governador terá muito o que remar para decolar sua candidatura quando começar a campanha para valer, em agosto. Só para lembrar, que quem lidera pesquisas é o pré-candidato Jofran Frejat, muito respeitado durante o debate.

Todos os candidatos sorteados para questionar o atual ocupante da cadeira nº 1 do Executivo local aproveitaram a oportunidade para cutucar Rollemberg quanto a temas sensíveis da gestão socialista ou se utilizaram do próprio tempo de resposta para criticar o atual mandatário. Em todas as oportunidades, o governador se defendeu. E na maior parte das respostas recebeu vaias de parcela dos presentes no auditório.

Surrada herança maldita

Na apresentação, Rollemberg recorreu ao discurso que vem adotando desde o início do mandato: o de culpar o antecessor – o petista Agnelo Queiroz – de irresponsabilidade fiscal. “Eu peguei essa cidade destruída pela corrupção”, afirmou.

Rollemberg completou a introdução com ações positivas de seu governo. “Conseguimos aumentar em 57% o número de crianças de 0 a 3 anos em escolas e em 23% na educação infantil. Desobstruímos a orla do Lago Paranoá, desativamos o Lixão [da Estrututal] e estamos fazendo a maior obra viária de Brasília na saída Norte. Também conseguimos entregar o hospital da criança com 202 leitos”, enumerou.

Moradias sem infraestrutura

Ao ser questionado pela pré-candidata do Psol, Fátima Sousa, sobre infraestrutura e moradia, o governador garantiu ter entregue mais escrituras em 3,5 anos do que todos os governos anteriores juntos. Ele foi rebatido por Fátima, que o acusou de entregar casas sem os devidos serviços públicos.

Viaduto caído

Na rodada de perguntas feitas por jornalistas, o repórter do G1 Matheus Leitão questionou Rollemberg sobre a queda do viaduto na Galeria dos Estados, área central de Brasília. “Fizemos a recuperação dos viadutos da Rodoviária, da S1, da N1. Fizemos a recuperação de uma barragem no Park Way que, se estourasse, alagaria várias chácaras. Não deu tempo de fazer a reforma daquele viaduto [da Galeria dos Estados], mas, felizmente, ninguém morreu”, disse. Muita sorte do governador naquele momento.

Em sua réplica, o jornalista questionou sobre relatórios do Tribunal de Contas do DF apontando necessidade urgente de manutenção. “Não se pode fazer tudo ao mesmo tempo. Nenhum governo fez o que nós estamos fazendo de política pública de manutenção de viadutos e pontes”, defendeu-se o chefe do Executivo distrital.

Desinteresse pela política

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF) e a Federação das Indústrias do DF (Fibra) também encaminharam perguntas aos candidatos.  Em resposta sobre o desinteresse da população pela política, Rollemberg citou uma célebre frase do educador Rubem Alves: “De todas as profissões, a política é a mais vil. De todas as vocações, a política é a mais nobre.”

Questionado sobre como aumentar a participação da indústria no PIB, o governador ironizou a atuação do deputado federal tucano Izalci Lucas.

“Tem um candidato aqui que diz ter liderado o processo de incentivos fiscais para que nós tivéssemos os mesmos incentivos que Goiás. Não é verdade, a emenda que garantiu a convalidação foi retirada da Câmara e nosso deputado [Izalci] cochilou”, alfinetou o socialista. “Eu fui, com o Adelmir [Santana, presidente da Fecomércio] e o Jamal [Jorge Bittar, presidente da Fibra] no Senando, falei com mais de 50 senadores, utilizando minha relação no Senado e retornamos o artigo”, encerrou Rollemberg. Com informações do Metrópoles.

 

 

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