Nesta segunda-feira (4), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, acuado pela pergunta do jornalista Josiel Ferreira (Tudo Ok Notícias), se esquivou de responder as estreitas relações com o operador financeiro de campanha em 2014 ao GDF e ex-presidente do Conselho Administrativo do BRB, Ricardo Luiz Peixoto Leal.
Ricardo Leal, apelidado por “Chuck”, é apontado por pelo menos 4 delatores na Operação Lava Jato.
O mais recente foi o fundo de pensões do Correio e Telégrafos (Postalis). A resposta do governador Rollemberg foi saindo pela tangente, se esquivando de responder sobre as citações de Leal na Operação Lava Jato da PF.
Este jornalista perguntou: Governador qual a sua relação com ex-presidente do conselho administrativo do BRB Ricardo Leal? Ele foi citado em 4 delações premiadas na Operação Lava Jato. Foi este o motivo que forçou sua saída do Conselho do BRB?
Rollemberg – Josiel, minha relação com Ricardo Leal, conheço há muitos anos é um amigo pessoal, estudamos juntos. Foi indicado pro Conselho do BRB, porque é uma pessoa que entende da área “financeira”-, ficou lá por um período que estava determinado pra ficar… (ouça áudio na íntegra abaixo).
Coincidência ou não, o pedido de exoneração de Ricardo Leal aconteceu logo após o escândalo com seu nome denunciado para a Força Tarefa da Lava Jato, em quatro investigações de pagamento de propina a agentes públicos, Postalis, Friboy e outros.
No caso Postalis, agora que no Postalis foi revelado o antro de negócios nada republicanos, através da delação premiada do operador financeiro do PMDB, e outros partidos, Lúcio Funaro, e seu comparsa, Ricardo Leal, braço direito e financiador do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg– em ritmo meteórico, o grupo de interinos da Previc se movimenta para, após cinco anos de fraude, lesando funcionários do Correios, a PREVIC, resolveu intervir na gestão do fundo que tantos anos ficou sob a batuta dos petistas.

corretora Guaranhuns e proprietário da empresa Stocklos presta depoimento na CPI Mista dos Correios.
FOTO: DIDA SAMPAIO/AE
Quem foi o indicado da PREVIC? Walter Parente, “o bom interventor”.
Certamente, essa intervenção vai acabar com muitas fraudes. Muitos diretores e ex-diretores dos fundos que sofrerão intervenção serão punidos, mas, certamente, nenhum PETISTA graúdo ou peemedebistas caciques.
Talvez para outros partidos, principalmente, o do atual ministro das Comunicações, Kassab, ou para o deputado federal do DF, Rogério Rosso, padrinhos das últimas indicações no Postalis.
O “Bom Interventor” já começou a vasculhar as operações em títulos públicos federais feitas nos últimos meses na corretora carioca UM INVESTIMENTOS, de propriedade do doleiro Luís Esteves, nada haver com Esteves do Pactual. A imagem do PSD fica abalada e inviabiliza a candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto.
No momento em que cresce a onda petista, os vermelhos aparelhados no Ministério da Previdência e seus órgãos vão fazer de tudo para que nenhum escândalo atinja grandes nomes do partido. Em Brasília, a delação premiada de Lúcio Bolonha Funaro, preso na penitenciária da Papuda estremeceu os pilares do Palácio do Buriti.
O governador já esperava a denúncia e pediu que Ricardo Luiz Peixoto Leal deixasse a presidência do conselho do Banco Regional de Brasília (BRB), na tentativa de fugir do escândalo que vai levar Leal, sempre leal a Rollemberg, para o olho do furacão Lava Jato.
Delação premiada de Lúcio Funaro para Força Tarefa da Operação Lava Jato


Em entrevista coletiva a membros da Associação Brasiliense de Blogueiros de Política, nesta segunda-feira (4), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg.