Rodoviária do Plano Piloto: Gestão privada por 20 anos

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Em seu discurso, o governador Ibaneis Rocha lembrou de concessões bem-sucedidas no DF, a exemplo do Aeroporto de Brasília para a Inframerica, da Companhia Energética de Brasília (CEB) para a Neoenergia e da Rodoviária Interestadual de Brasília ao Consórcio Novo Terminal. Ele falou também do potencial que a estrutura localizada no coração de Brasília tem para atrair novos investimentos e proporcionar conforto aos usuários. Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília

Rodoviária do Plano Piloto passa para gestão privada com investimento de R$ 120 milhões

 

A Rodoviária do Plano Piloto, ponto de chegada e partida de mais de 600 mil pessoas diariamente, passará a ser administrada pela iniciativa privada. Nesta terça-feira (15), o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Consórcio Catedral — formado pelas empresas RZK Concessões e Atlântica Construções, Comércio e Serviços Ltda. — oficializaram a concessão da gestão do local pelos próximos 20 anos, com previsão de investimentos na ordem de R$ 120 milhões. O consórcio assumirá a administração em até 90 dias e, além da rodoviária, a concessão inclui os estacionamentos próximos ao Conjunto Nacional e ao Conic, que funcionarão no sistema rotativo.

Em pronunciamento, o governador Ibaneis Rocha destacou o potencial econômico e estratégico da rodoviária, localizada no centro da capital. Ele comparou a concessão com outras parcerias bem-sucedidas, como o Aeroporto de Brasília, a Companhia Energética de Brasília (CEB), e a Rodoviária Interestadual. “A estrutura tem potencial para se tornar um shopping a céu aberto. São mais de 600 mil pessoas circulando diariamente, o que cria uma enorme oportunidade de crescimento e melhorias para a população”, disse Ibaneis.

Modernização e preservação da arquitetura

Em seu discurso, o governador Ibaneis Rocha lembrou de concessões bem-sucedidas no DF, a exemplo do Aeroporto de Brasília para a Inframerica, da Companhia Energética de Brasília (CEB) para a Neoenergia e da Rodoviária Interestadual de Brasília ao Consórcio Novo Terminal. Ele falou também do potencial que a estrutura localizada no coração de Brasília tem para atrair novos investimentos e proporcionar conforto aos usuários. Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília

Durante o período de concessão, o GDF garantiu que não haverá aumento na tarifa de transporte público e que os comerciantes já instalados terão preferência na renovação dos contratos. Além disso, o fluxo de pessoas na área permanecerá livre, sem cercamentos. O consórcio se comprometeu a preservar a arquitetura da rodoviária e manter serviços essenciais, como escadas rolantes, elevadores e banheiros, sempre em funcionamento. As reformas serão gradativas e acompanhadas pela divulgação dos investimentos, de acordo com a aprovação dos projetos.

Ibaneis Rocha destacou que a privatização segue o modelo de outras cidades brasileiras, como Fortaleza e Belo Horizonte, onde rodoviárias são geridas pela iniciativa privada com bons resultados. “A decisão de privatizar veio da necessidade de resolver problemas históricos, como segurança e mobilidade. Vamos acompanhar de perto para garantir a qualidade dos serviços”, afirmou o governador.

Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade (Semob), reforçou que a concessão permitirá ao governo destinar recursos para outras áreas prioritárias. “Estamos dividindo a responsabilidade com a iniciativa privada para oferecer uma rodoviária moderna e acessível, com serviços de alta qualidade”, explicou o secretário.

Primeira atuação da RZK fora de São Paulo

A concessão da Rodoviária do Plano Piloto marca a estreia da RZK Concessões fora de São Paulo. No estado paulista, o grupo administra 13 terminais interligados ao metrô e explora comercialmente 85 estações, com fluxo diário de cerca de 5 milhões de passageiros. O diretor da RZK, Enrico Capecci, garantiu que as obras começarão o mais rápido possível. “Vamos focar na melhoria dos banheiros, na limpeza e na modernização da estrutura para que a população perceba rapidamente a transformação”, ressaltou Capecci.

Processo de concessão

O processo de concessão teve início com a publicação do aviso de licitação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em 5 de fevereiro deste ano. A concessão foi aprovada pela lei distrital nº 7.358/2023 e regulamentada pelo projeto de lei nº 2.260/2021, de autoria do Poder Executivo. O processo passou pelo crivo do Tribunal de Contas do DF, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano (Conplan). A decisão também foi precedida por consulta pública para que a sociedade participasse e apresentasse sugestões ao projeto.

Com a assinatura do contrato, a expectativa do governo e da iniciativa privada é que a rodoviária se transforme em um modelo de eficiência e conforto, beneficiando tanto os usuários do transporte público quanto os comerciantes locais.

 

Com informações Agência Brasília

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