Um reflexo da inconsistência política e as ambições eleitorais
Por Josiel Ferreira
Brasília, a capital federal, que tem se consolidado como um exemplo de progresso e desenvolvimento sob a liderança de Ibaneis Rocha (MDB), não está preparada para receber aventureiros que buscam a cadeira do Palácio do Buriti sem a compreensão real dos desafios administrativos e da responsabilidade política que o cargo exige. Ricardo Cappelli (PSB), atual presidente da ABDI e candidato ao GDF, é um exemplo claro desse tipo de figura.
Cappelli tem utilizado suas redes sociais para criticar a gestão de Ibaneis, ignorando o avanço significativo que o governo atual trouxe para a cidade. Sob a administração do governador, Brasília tem passado por uma transformação em áreas cruciais como infraestrutura, saúde e educação, consolidando-se como uma das melhores cidades para se viver no Brasil. Os investimentos em diversas frentes demonstram que o Distrito Federal tem progredido de forma consistente, tirando-se do atraso de gestões passadas.
No entanto, as críticas de Cappelli se aprofundam em temas que revelam sua falta de conhecimento sobre a complexidade da administração de uma cidade com mais de 3 milhões de habitantes e uma região metropolitana que soma outros 2 milhões. Um dos pontos mais controversos de sua postura é a crítica à redução do orçamento do Fundo Constitucional do DF, uma das principais fontes de financiamento de serviços essenciais na capital, correspondendo a quase 40% do orçamento da região. Instituído em 2002 por Fernando Henrique Cardoso, o fundo é vital para garantir a continuidade de serviços como segurança pública e educação.
Cappelli, que já anunciou sua candidatura com apoio de figuras políticas como Rollemberg, Geraldo Alckmin e Valdir Oliveira, também se depara com um cenário político complicado. Sua demissão do cargo de secretário executivo pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, aprofundou suas divergências com o governo federal liderado por Lula. Não à toa, que, em meio a tais contémperos, é possível questionar a postura de um candidato que, em vez de apresentar propostas concretas, aposta em críticas genéricas e falta de reconhecimento das realizações atuais.
Cito alguns exemplos: o impacto das ações do Governo do Distrito Federal (GDF) é visível por toda a cidade, com a construção de novas escolas, viadutos para melhorar o tráfego, creches para atender às necessidades das famílias, modernas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para cuidar da saúde da população e a nomeação de 508 médicos novos médicos em 2024.
Brasília precisa de lideranças que compreendam a complexidade da gestão de uma capital que, apesar dos avanços, ainda enfrenta desafios diários. A época de aventureiros que buscam o poder sem a devida preparação deve ficar para trás. O momento é de consolidar e expandir o que é bom, e não de embarcar em discursos que desconsideram os avanços e as reais necessidades da população.
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