O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-RR), é formalmente investigado, em primeira mão.
Barros foi citado na CPI como pivô das supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin,. Ricardo Barros (PP-PR) soma mais de 20 anos como deputado federal e já integrou a base aliada de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer, antes de apoiar o presidente Jair Bolsonaro.
Figura importante do chamado Centrão, como é chamado o bloco informal na Câmara que reúne partidos sem linha ideológica clara, mas com valores conservadores, ele foi líder ou vice-líder no Congresso Nacional de quase todos os presidentes eleitos após a ditadura militar.
O deputado usou redes sociais para afirmar que “a imprensa recebeu nos últimos dias dados sigilosos relativos às investigações” e que “trocas de mensagens e áudios sob responsabilidade da comissão basearam reportagens divulgadas no fim de semana”.
Para ele, “são dois crimes que precisam ser apurados e responsabilizados: o vazamento dos dados sigilosos e o abuso de autoridade”. Barros afirmou ainda que o colegiado “usa uma estratégia covarde para politizar a investigação”, com objetivo de atingir o governo Bolsonaro.