Relativismo moral na política

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Por Miguel Lucena

Na política de hoje, o certo e o errado são como massa de modelar: tomam a forma da conveniência. Um ato que escandaliza num lado vira bravura no outro. A verdade virou moeda de troca, e a ética, ornamento de discurso. O político não precisa mais ser coerente, basta ser convincente para os seus.

Quando um corrupto é do meu time, ele é vítima do sistema; quando é do outro, é canalha. O mal feito é relativizado pela causa, como se as intenções apagassem os crimes. Enquanto isso, o cidadão comum tenta entender onde foi parar a moral pública.

O problema do relativismo é que ele mina a confiança. Sem uma base ética, tudo vira guerra de versões, e a justiça se perde no meio do ruído. É preciso, sim, entender contextos, mas sem jogar fora o que nos resta de valores. Política sem princípio é teatro, e povo sem critério vira plateia de manipulação.

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