União Brasil, partido do pré-candidato ao GDF, terá cifras quase bilionárias para gastar na campanha
O novo Fundo Eleitoral renderá cifras inéditas aos 32 partidos ativos no país – um exemplo é o União Brasil, com a fusão entre PSL e DEM formalizada no início de fevereiro deste ano, vão abocanhar mais de R$ 770 milhões.
Em março de 2022, o senador José Antônio Reguffe, deixou o Podemos-DF e anunciou sua filiação ao União Brasil.
O congressista votou contra à medida que turbinou os recursos para as campanhas políticas e na época, classificou o texto como “vergonhoso”.
O pré-candidato chegou a discursar no plenário sobre o aumento do Fundo Eleitoral.
“Não é algo razoável, principalmente pelo momento que o Brasil vive. Em qualquer momento que fosse já não seria algo razoável, quanto mais atualmente. Esse aumento é um acinte, uma agressão e um verdadeiro escárnio com o contribuinte deste país, e terá meu voto contrário”, declarou.
Segundo a Associação Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), os montantes a serem repassados a cada legenda, com base na divisão em lei, mostra que o União Brasil, já nascido como a maior força do Congresso, terá direito a 15,73% do fundão, bem acima do segundo colocado: o PT, que deverá receber cerca de R$ 484 milhões ou 9,89%, enquanto isso União vai receber R$ 770 milhões – o que vai contra os antigos princípios do senador Reguffe.
O Congresso Nacional aprovou, dezembro do ano passado, a destinação de R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral de 2022.
Faltando cem dias das eleições, o senador Reguffe, anunciou, na sexta-feira (24), os planos para o pleito deste ano: vai concorrer ao Palácio do Buriti.
O senador sempre pregou a ética e a moralidade em seus discursos e agora se vê na condição de usar o fundão do qual sempre foi contra.
Além do fundão, ele conta com o apoio do padrinho e empresário Luís Felipe Belmonte e sua madrinha a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), que almeja a vice do senador Reguffe.
Nos bastidores, o partido Novo cobra do União Brasil – a mesma postura, o único partido que não usa dinheiro público para se manter.