Regras que favorecem laboratórios tornam hoje os remédios mais caros

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Foto: Divulgação - Levantamento do Consulta Remédios traz os medicamentos mais buscados em 2021. Especialista explica os motivos para que estejam no topo da lista

 

Órgão responsável pelas políticas de precificação autorizou reajuste de 10,89% para este ano

 

A partir desta sexta-feira (1°), o consumidor brasileiro sentirá o bolso pesar na hora de comprar medicamentos. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que se utiliza de regras que favorecem apenas os laboratórios, em prejuízo dos consumidores, vai reajustar o preço dos fármacos em até 10,89%, conforme dispõe medida publicada no Diário Oficial.

O aumento superou a inflação do período, mas corresponde a reajustes máximos. Assim, as farmacêuticas terão liberdade de suplementar o valor dos seus produtos até o limite autorizado pelo governo federal.

A legislação determina que os reajustes anuais serão concebidos considerando a inflação e outros três fatores inerentes à indústria farmacêutica, X, Y e Z, absolutamente confusos e até incompreensíveis para os consumidores

A inflação acumulada no ano compõe 10,54% do valor e o restante é obtido pela soma das demais variantes. O fator X refere-se à expectativa de ganhos futuros de produtividade da indústria farmacêutica do país. O fator Y mede os gastos de produção não captados pelo IPCA (inflação). E o fator Z faz menção aos preços relativos intrassetor.

Por uma determinação da Anvisa, os fatores X e Z estão zerados e não acrescentam valores à base de cálculos do reajuste. Já o fator Y, sofreu neste ano um aumento de 0,35%, que acrescidos aos 10,54% da inflação oficial, chegaram a um sobrepreço de 10,89%.

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