Reforma ministerial tem mais um na mira

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, cobrou explicações, nesta quarta-feira (12), do ministro da Cidadania, Osmar Terra, sobre contrato milionário firmado pela pasta comandada por ele com uma empresa de tecnologia da informação.

A pasta ignorou alertas de fraude antes de aceitar a contratação da Business Technology (B2T), que virou alvo da Polícia Federal na Operação Gaveteiro.

O caso enfraqueceu ainda mais Terra, que pode perder o cargo em uma minirreforma ministerial a ser promovida por Bolsonaro nos próximos dias.

Pelo desenho traçado até agora no Palácio do Planalto, o titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que também está desgastado no governo e foi exonerado da Casa Civil nesta quarta. Ele deverá assumir o ministério da Cidadania. No lugar de Onyx entrou o general Walter Souza Braga Netto.

Bolsonaro pediu apuração sobre as suspeitas de que a B2T foi usada como empresa de fachada para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos entre 2016 e 2018, durante a gestão do presidente Michel Temer.

O presidente ficou irritado porque o ministério comandado por Terra foi alertado sobre a possibilidade de fraude por duas empresas e pela Controladoria-Geral da União (CGU) e, mesmo assim, contratou a companhia.

Contrato com a B2T

O contrato com o ministério de Osmar Terra foi assinado em 19 de julho de 2019 no valor total de R$ 6,9 milhões, na época, pelo subsecretário de Assuntos Administrativos da pasta, Paulo Roberto de Mendonça e Paula. No dia 25 de setembro de 2019, o ministro assinou uma portaria que o promoveu para diretor de programa e, dois meses depois, o exonerou da pasta.

Em nota, ele afirmou que procurou a PF para investigar a contratação da empresa. “Todos os funcionários da linha de decisão e que estão envolvidos na contratação da empresa foram afastados num processo de aperfeiçoamento dos controles”, afirmou. “O Ministério da Cidadania está fazendo um pente-fino em todos os contratos da área.”

Na montagem do governo, Terra foi indicado para a Cidadania pelo próprio Onyx, então todo poderoso titular da Casa Civil. Os dois são gaúchos. O desempenho de Terra no ministério já está incomodando Bolsonaro há tempos, principalmente por causa de problemas no programa Bolsa Família.

Na avaliação do presidente, é mais fácil para Terra do que para Onyx retornar à Câmara. A saída é dada como certa no Palácio do Planalto, mas a dúvida, agora, é sobre quem substituirá Onyx na Casa Civil.

Mais lidas

Festa de Pentecostes 2024 reúne multidão n...
Detran-DF: Maio Amarelo pela paz no trânsito
Vídeo: Meteoro ilumina céus de Portugal e ...
...