Apoio e Renovação: Histórias de Mulheres Transformadas pela Força-Tarefa de Reconstrução Mamária do HRT
Mudanças significativas na autoestima são evidentes nas vozes de mulheres que participaram da 9ª força-tarefa de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). “Mudou muito a minha autoestima. Posso ficar despreocupada em usar uma roupa sem sutiã, sem medo de como meus seios vão ficar,” compartilha Marli Alves Pereira, de 48 anos, uma das beneficiárias desta ação humanitária. Este projeto, fruto da parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), tem como foco a recuperação e valorização da saúde e da autoconfiança das mulheres que enfrentaram o câncer de mama.
Neste ano, 50 mulheres foram atendidas, sendo 40 no HRT entre os dias 14 e 19 de outubro e 10 no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), entre 21 e 25 do mesmo mês. Além das cirurgias de reconstrução, 17 mulheres tiveram acesso gratuito à micropigmentação de aréolas no HRT. A força-tarefa mobilizou mais de 70 profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos, que se dedicaram voluntariamente a essa nobre causa.
“A reconstrução mamária é parte importante do tratamento das mulheres que precisaram ser mastectomizadas,” ressalta a vice-governadora Celina Leão. “Impacta positivamente na autoestima e na autoconfiança dessas mulheres, sendo parte integral do tratamento contra o câncer de mama.” A seleção das pacientes foi feita com base em prioridades da rede pública de saúde, e antes das cirurgias, elas passaram por exames rigorosos para garantir a segurança dos procedimentos.

A supervisora do Centro Cirúrgico do HRT, Mônica Dias, expressou sua satisfação com os resultados: “Consideramos que a força-tarefa foi um sucesso, todas as pacientes operadas estão bem e alcançamos o objetivo de resgatar a autoestima delas.”
A campanha de conscientização Outubro Rosa, que promove a importância da prevenção do câncer de mama, teve uma ressonância especial este ano no HRT, que foi decorado com mensagens de esperança e solidariedade. “É muito bonito ver tantas pessoas dispostas a ajudar,” diz uma das médicas envolvidas.
Marli, que descobriu o câncer de mama em 2020 através do autoexame, destaca a importância da atenção aos sinais do corpo. “O autoexame é fundamental. Se notar algo estranho, procure um médico e cuide-se. Quanto mais cedo, melhor,” aconselha.

Outras mulheres, como Mariene Senhorinha da Silva, de 56 anos, e Cristiane Ferreira, de 48, também relataram experiências transformadoras após as cirurgias. Cristiane descreve sua vida como um “antes e depois do Outubro Rosa,” afirmando que “reconstruí não apenas as mamas, mas minha vida.”
Os dados do Instituto Nacional de Câncer são alarmantes, prevendo mais de 73 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2023. Com o apoio do GDF, a conscientização e a prevenção se tornam vitais, e a nova Lei nº 7.237/2023, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, prioriza mamografias para mulheres em risco, reforçando o compromisso do poder público em garantir a saúde e a dignidade das mulheres.
Este esforço conjunto é mais do que uma ação médica; é um ato de amor e solidariedade, que transforma vidas e promove a recuperação da autoestima, essencial para a luta contra o câncer.
Com informações Agência Brasília