Servidor é acusado de tentar liberar segundo pacote de joias enviado ao ex-presidente pelo governo da Arábia Saudita, avaliado em R$ 16,5 milhões, sem a documentação exigida. Demissão foi pedida pelo próprio servidor e chegou a ser publicada no Diário Oficial da União, mas foi vetada pela Receita Federal
A Receita Federal barrou a demissão do auditor-fiscal que pressionou a alfândega para liberar joias destinadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, enviadas pelo governo da Arábia Saudita. A exoneração do servidor havia sido pedida por ele próprio e chegou a ser publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
No entanto, a Receita Federal vetou a demissão e abriu um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do auditor-fiscal. O servidor é acusado de tentar liberar o segundo pacote de joias enviado para Bolsonaro, avaliado em R$ 16,5 milhões, mesmo sem a documentação exigida.
A pressão do auditor-fiscal para a liberação das joias foi registrada em áudios que foram divulgados pela imprensa. Na gravação, o servidor afirma que tinha autorização do superintendente da Receita Federal no Rio de Janeiro para liberar a mercadoria sem os documentos necessários.
O caso gerou polêmica e foi criticado por entidades representativas da categoria, que afirmaram que a conduta do auditor-fiscal é incompatível com a ética profissional e com as normas do órgão.
A Receita Federal informou que está adotando todas as medidas necessárias para apurar o caso e que a conduta do servidor será avaliada com rigor.