A abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi duramente criticada por ser vista como uma provocação e um desrespeito aos valores cristãos e familiares
Por Carlos Arouck
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 geram polêmica logo em sua cerimônia de abertura. O evento começou com uma performance de “metal gótico” que retratava a decapitação de Maria Antonieta por uma guilhotina, chocando muitos espectadores. A cerimônia continuou com representações que alguns consideraram ofensivas, incluindo zombarias transgênero da Última Ceia, a idolatria ao Bezerro de Ouro e a aparição do Cavalo Amarelo do Livro do Apocalipse.
Essa série de performances foi vista como um desrespeito à fé cristã, levando muitos a sentirem que os espectadores cristãos não eram bem-vindos no evento. Críticas surgiram, acusando os organizadores de promoverem uma mensagem satânica e corrupção moral, sugerindo uma tentativa de imposição de ideologias por parte de uma suposta Nova Ordem Mundial. Referências à profecia bíblica, especialmente de II Tessalonicenses 2:6-8, foram feitas, sugerindo que os símbolos apresentados apontavam para a chegada de um governante mundial, o anticristo.
A reação do sacerdote dominicano Paul-Adrien ilustra bem o tom das críticas mais severas: “Pertenço a uma geração de cristãos que não aceitará que cuspam na cara”, disse ele, reagindo ao que considerou um tema ofensivo para os cristãos. As imagens evocativas da performance, incluindo a representação de Maria Antonieta sendo decapitada e a paródia da Última Ceia geraram indignação generalizada pela promoção do que muitos consideraram rituais satânicos. O comentário do sacerdote ecoou durante discussões online sobre temas como a sensibilidade religiosa e a liberdade artística.
Alguns espectadores foram além, interpretando a cerimônia como um sinal da Nova Ordem Mundial. Comentários nas redes sociais sugeriram que a apresentação era uma tentativa de impor uma nova ideologia global. Um usuário escreveu: “As muitas águas representam povos, línguas e nações. O cavaleiro do cavalo branco sobre elas representa o governante mundial, o anticristo. Como diz a profecia; ele está chegando…”. Esse tipo de interpretação alimentou um sentimento de desconfiança e medo entre certos grupos, que viram na cerimônia uma manifestação de forças ocultas e malévolas.
As críticas na Internet também se estenderam à representação dos valores e da identidade cultural na cerimônia como uma tentativa de minar os valores tradicionais: “O modelo de família que os Jogos Olímpicos de Paris 2024 nos querem vender: duas pessoas sem possibilidade de reproduzir uma sociedade. Nojento, como Sodoma e Gomorra, onde quer que você olhe. O que isso tem a ver com esportes? Chega!”.
Agustín Laje, comentarista e escritor, reforça que a abertura dos Jogos reflete uma degradação cultural ocidental, comparando a situação à decadência de Sodoma e Gomorra e chamando a atenção para a crescente influência da ideologia acordada que, segundo ele, está corroendo os valores tradicionais. Comparações com a Revolução Francesa foram feitas, destacando que a cerimônia não respeitou a cultura e a identidade histórica da França.
Outros ainda criticaram a falta de respeito pela fé cristã e por tradições religiosas. Um internauta comentou: “Desrespeito, afronta, desnecessário, ridículo! Não se mexe com a fé de ninguém, seja ela qual for!”. A ideia de que os organizadores dos Jogos abriram as Olimpíadas insultando bilhões de cristãos ao redor do mundo foi recorrente, especialmente no que diz respeito às referências religiosas.