Ranço da velha política, o nepotismo, cruzado ou não, é usado por Izalci Lucas

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E não só do chamado Centrão. O experiente senador Izalci Lucas (PSDB-DF), vice-líder do governo no Senado, quem diria, indicou o próprio filho, Sérgio Fernandes Ferreira, numa diretoria no Ministério do Turismo. A justificativa declara ao O Globo é insuficiente, no mínimo. “Ele é jovem de boa formação e secretário-geral do partido”, contemporizou.

Na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) vinculada ao Ministério da Saúde, estão a mulher do líder do PL, Wellington Roberto (PB), Deborah Roberto, e uma tia do deputado Gustinho Ribeiro (SD-SE), Maria Luiz Felix. E ainda Virgínia Velloso Borges, mãe do líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Pelo menos Ribeiro alçou a competência materna. “Ela é competentíssima, já trabalhou em vários órgãos aqui em Brasília e agora está na diretoria de saúde ambiental e fazendo um trabalho excelente. Está comunicando tudo ao presidente e colocando ordem por lá”, diz Ribeiro.

Em maio, o filho do senador Elmano Férrer (PODE-PI), Leonardo Férrer, se tornou ouvidor na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

O deputado Julio Cesar (PSD-PI) conseguiu colocar a irmã, Jacqueline Carvalho Maia, como assessora da presidência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), ligada ao Ministério da Agricultura.

Os deputados Herculano Passos (MDB-SP), ex-vice-líder do governo, e Cláudio Cajado (PP-BA) indicaram suas mulheres para cargos no Ministério da Cidadania e na Funasa, respectivamente. Andreia Cajado, pré-candidata à Prefeitura de Dias D`Ávila (BA), deixou o cargo em janeiro ao assumir a diretoria de uma agência do governo baiano.

Segundo o jornal, o governo também negociou com Elmar Nascimento (BA) para manter seu irmão, Elmo Nascimento, como superintendente da Codevasf em Juazeiro (BA). E só deixou o cargo em junho deste ano, também devido às eleições municipais.

O nepotismo, na modalidade, cruzada ou não pela lei deveria sair dos políticos. Mas o político não consegue se livrar da tentação de colocar o parente em uma “boquinha”. Seja bem ou mal remunerada. É nepotismo.

 

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