Os dados repassados pelo banco ao MP mostram que foram 339 depósitos em dinheiro, 127 transferências bancárias e 17 depósitos de cheques, além de outros R$ 900 mil repassados a Fabrício Queiroz. Filho de Bolsonaro nega “rachadinha”.
Dados das quebras de sigilo bancário obtidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) revelam que o Fabrício Queiroz recebeu R$ 2 milhões de outros 13 assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem partido), na época deputado estadual, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A informação é do site Crusoé.
O período analisado foi de 2007 a 2018. Flavio Bolsonaro, Queiroz e outros funcionários do atual senador foram alvos de operação do MP na manhã desta quarta-feira (18).
Na ocasião, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Queiroz e outros ex-funcionários do senador, incluindo parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a apuração, os parentes de Ana Cristina ocuparam o gabinete do senador entre 2003 e 2018.
Dados repassados pelo banco ao MP mostram que foram 339 depósitos em dinheiro, 127 transferências bancárias e 17 depósitos de cheques, além de outros R$ 900 mil repassados a Queiroz, suja procedência ainda não identificada.
De acordo com o MP, Queiroz sacou, no mesmo período analisado, R$ 2,69 milhões em espécie de sua conta bancária.
O MP-RJ suspeita que um esquema conhecido como “rachadinha” tenha sido montado no gabinete de Flávio, no qual funcionários são coagidos a transferir parte de seus pagamentos. A defesa afirma que o senador “está surpreso” e que “jamais existiu esquema de rachadinha” no gabinete do parlamentar.