Queiroga quer nomes de técnicos da Anvisa divulgados

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu, nesta segunda-feira (20), a divulgação dos nomes dos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que atuaram na aprovação da vacina contra a Covid-19 para crianças.

A fala faz referência à declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na última quinta-feira (16/12), após a Anvisa anunciar a liberação do imunizante para a faixa etária de 5 a 11 anos. O mandatário disse, em tom de ameaça, que solicitou, de forma “extraoficial”, os nomes dos técnicos que trabalharam na decisão.

“Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo. […] Você tem o direito de saber o nome das pessoas que aprovaram a vacinação a partir de 5 anos para o seu filho”, disse o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

Após a afirmação de Bolsonaro, a Anvisa divulgou nota oficial repudiando “com veemência” qualquer ameaça “explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias” do órgão. Nesta segunda, Queiroga defendeu o comportamento do presidente.

O serviço público é caracterizado pela publicidade dos seus atos. Todos os técnicos que se manifestam em processos administrativos […] tem que ser publicados os atos. A não ser os atos que são mais restritos, mas não há problema em se ter publicidade dos atos da administração, isso é até um requisito da constituição. O presidente Bolsonaro é um grande líder, tem nos apoiado fortemente aqui no Ministério da Saúde”, afirmou o cardiologista.

Ameaças

No domingo (19/12), a agência reguladora divulgou uma nota em que afirma ter registrado novas ameaças aos servidores após anunciar a aprovação da vacina da Pfizer contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos.

É a segunda vez que membros do órgão regulador recebem ameaças de morte relacionadas à aprovação da vacinação infantil. A agência solicitou proteção policial e comunicou o caso ao Gabinete de Segurança Institucional da Segurança da República (GSI), à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR).

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