A CPI da Covid-19 aprovou, nesta quinta (19), requerimento que autoriza a quebra do sigilo fiscal do advogado Frederick Wassef, conhecido por atuar na defesa da família Bolsonaro. O requerimento é de autoria do relator Renan Calheiros (MDB-AL)
Para solicitar a transferência das informações bancárias do defensor, Calheiros alega que os depoimentos colhidos pela comissão, somados aos documentos disponibilizados, embasam a necessidade da medida. O senador relata comportamentos, transferências monetárias e ligações societárias suspeitas.
O relator narra que Wassef teria “registros de passagens de recursos e relacionamentos comerciais” com a Precisa Medicamentos, intermediária das negociações pela compra da vacina indiana Covaxin e pivô das denúncias de irregularidades na aquisição de imunizantes investigadas pelo colegiado.
Calheiros diz que Wassef teria ligações com “sócios, familiares destes e com outros investigados por esta CPI”. Internamente, contudo, a medida é vista como uma forma de atacar, em especial, o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), que defende investigar e com quem tem travado uma batalha de trocas de acusações.