Caso de abusos em festas com adolescentes leva à prisão de vice-presidente do PT no Distrito Federal
A operação “Predador”, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira, 24, prendeu preventivamente o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) do Distrito Federal, Wilmar Lacerda, por supostos abusos contra adolescentes de 13 e 17 anos.
As acusações incluem o envolvimento com um empresário que organizava festas com adolescentes em Brasília. O caso levanta suspeitas de uma possível rede de exploração que impacta a sociedade e a confiança pública. A Justiça pediu a prisão desse empresário, suspeito de aliciar e abusar de várias adolescentes. Relatos perturbadores apontam que ele oferecia presentes e até dinheiro a meninas menores de idade, promovendo abusos e corrompendo a juventude com impunidade. A revelação de que uma das vítimas teria sido aliciada desde os 13 anos escancara a brutalidade e a falta de escrúpulos no caso.
A defesa de Wilmar alega que a prisão se baseia em “premissas equivocadas” e que ele vem colaborando com as investigações. No entanto, o escândalo transcende a questão de culpa individual, pois sugere a existência de lacunas profundas no sistema político e judicial que permitiram a ascensão de indivíduos envolvidos em práticas tão devastadoras para a sociedade.
O Partido dos Trabalhadores divulgou uma nota anunciando o afastamento cautelar de Lacerda, mas a situação exige uma reflexão mais ampla sobre os critérios de escolha e monitoramento ético de seus representantes. Este caso lança um alerta urgente para o comprometimento moral e a transparência no meio político, especialmente em um contexto em que as vítimas são menores de idade e a confiança pública é uma moeda cada vez mais escassa.