Entenda o recurso dos partidos contra Moro e os desdobramentos para o cenário político nacional
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estará encarregado de analisar o recurso interposto pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Liberal (PL) contra a decisão da Justiça Eleitoral do Paraná, que absolveu o senador Sergio Moro da acusação de abuso de poder econômico nas eleições de 2022.
Os advogados das legendas lideradas por Lula e Bolsonaro argumentam que houve irregularidades financeiras durante o período em que Moro se apresentava como pré-candidato à presidência da República.
Apesar da denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) considerou-a improcedente. Após quatro dias de julgamento, a maioria dos desembargadores, por 5 votos a 2, decidiu que Moro deveria manter seu mandato.
O MP Eleitoral estima que cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário tenham sido utilizados para o evento de filiação de Moro ao Podemos, bem como para a produção de vídeos promocionais pessoais e consultorias eleitorais. Enquanto isso, o PL alega gastos irregulares de R$ 7 milhões, e o PT aponta para um montante de R$ 21 milhões.
Em uma tentativa de evitar o recurso, Moro buscou contato com o PL em Brasília, porém sem sucesso. A denúncia contra o senador também visa à cassação da chapa, incluindo os suplentes. Ambas as siglas solicitam a cassação da chapa, sua inelegibilidade por oito anos e a realização de novas eleições para o cargo atualmente ocupado por Moro.
