Operação da Polícia Civil desvenda fraudes fiscais e resulta em prisões
Na manhã desta quinta-feira (11), a Polícia Civil do Distrito Federal conduziu uma operação visando desmantelar um grupo suspeito de crimes contra a ordem tributária, acusado de sonegar cerca de R$ 45 milhões em impostos. O proprietário da marca de varejo Tesoura de Ouro foi detido durante a ação.
Segundo as investigações, o grupo utilizou pelo menos 123 empresas fictícias ou de fachada para emitir notas fiscais fraudulentas, com o intuito de evitar o pagamento de impostos, incluindo o ICMS. Estas empresas, em nome de laranjas, operavam de forma discrepante em relação aos altos valores movimentados, conforme apurado pela Polícia Civil.
Em comunicado oficial, a empresa afirmou que os alvos da operação não possuem qualquer ligação com a marca, esclarecendo que a Tesoura de Ouro não possui débitos fiscais em aberto ou vínculos relacionados à investigação em curso.
A ação policial revelou que o grupo mantinha mais de 60 empresas em funcionamento efetivo, utilizando recursos obtidos ilegalmente para “misturar” com aqueles adquiridos de maneira legal, numa tentativa de dissimular os crimes.
Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária e uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma, em diversas regiões do Distrito Federal e também nos municípios de Planaltina de Goiás (GO) e Cidade Ocidental (GO).
Os envolvidos poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, crimes que, se condenados, acarretam uma pena de até 28 anos de prisão. A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR).
A Tesoura de Ouro reforçou seu compromisso com a legalidade e a transparência em todas as suas operações, garantindo que as atividades nas lojas continuam normalmente, e agradeceu a confiança de clientes e parceiros.