Considerada a maior agência de propaganda que atua junto aos governos, a Propeg, apadrinhada do presidente do Congresso Nacional, busca abocanhar uma licitação de 300 milhões na Petrobras caixa preta da Operação Lava Jato.
Segundo o setor de Comunicação da Estatal, a Propeg foi uma das classificadas no processo licitatório que esta tramitando neste momento. No entanto chegou a fase da concorrência que é avaliada pelo Compliance da empresa. O problema esta na conduta ética de alguns concorrentes, neste caso, a Propeg foi citada em delação premiada do empresário preso na Operação Acrônimo da Polícia Federal, Benedito Oliveira Neto, o Bené.

A empresa sofreu busca e apreensões na sede da Bahia e algumas filias.
A acusação na delação de Bené e pagamento de propinas em campanhas políticas.
O que faz a Propeg perder pontos no quesito bons antecedentes. A investigação da Polícia Federal ainda continua em curso e pode a qualquer momento chegar a um desfecho. O departamento de Comunicação da Petrobras vem sofrendo fortes pressões de políticos ligados ao governo federal. Para que esse importante quesito de avaliação das empresas sejam relegados aos segundo plano, o atestado de bons antecedentes é fundamental no processo licitatório. Se o Compliance da empresa fizer vista grossa, a Propeg terá grande chance de ser contemplada. Afinal, a empresa tinha até pouco tempo como vice-presidente o cunhado do presidente do Congresso Nacional, isso pode fazer a diferença.
No rastro de paca, a Polícia Federal acompanha a licitação milionária que ocorre na Secom do Palácio do Planalto. O presidente Michel Temer já recebeu alguns pedidos de padrinhos das concorrentes.
Luis Costa Pinto, ex-vice-presidente da Propeg e cunhado do presidente do Congresso, Eunício Oliveira, indicou o jornalista Luciano Suassuna para comandar a Secom para comandar a Comunicação no governo Temer.