Debate sobre busca na casa de Bolsonaro ofusca pauta local na Câmara Legislativa do DF
Na quarta-feira (03), professores que foram à Câmara Legislativa em busca de apoio para a indicação de greve de sua categoria acabaram tendo que engolir discursos defendendo e atacando a operação de busca e apreensão da Polícia Federal na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Poucos discursos foram feitos em defesa da agenda dos professores do DF, por exemplo, presentes na Câmara.
Apenas dois parlamentares se aprofundaram no tema: o deputado Fábio Félix (Psol) e o deputado Robério Negreiros (PSD), líder do governo.
Fora isso, a impressão na quarta-feira era de que a CLDF estava desempenhando o papel da Câmara Federal, com alguns de seus funcionários distritais debatendo questões nacionais e ideológicas em vez de questões locais.
A falta de quórum tornou-se um hábito sistêmico no plenário da CLDF. Desde a abertura da atual legislatura até a presente data, inúmeras sessões foram abertas com o número necessário de membros, mas rapidamente se esvaziaram com a fuga de autoridades distritais.
Essa situação, inclusive, gera constrangimento para o GDF, cujos projetos executivos estão parados na fila de espera. Nesse contexto, o maior perdedor é a população de Brasília, que paga os altos custos do parlamento local.