Objetivo da missão é monitorar desmatamento no Norte do país e a agricultura em todo o território nacional
Atualmente, outros dois satélites brasileiros de sensoriamento remoto já estão em operação no espaço: o CBERS-4 e o CBERS-04A, lançados em 2014 e 2019, respectivamente.
Diferentemente do Amazônia -1, no entanto, ambos os equipamentos de exploração espacial foram desenvolvidos em parceria com a China, em uma proporção de 50% para cada país.
“O Amazônia-1 é o primeiro satélite exclusivamente brasileiro, tendo sido integralmente concebido, projetado, desenvolvido, integrado, testado, e em breve, operado pelo Brasil”, afirma a diretora substituta do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Mônica Rocha.
“A importância do feito passa por duas principais questões: a capacidade do Brasil de realizar uma importante tarefa de forma totalmente autônoma e de ter o domínio do ciclo completo de produção de um satélite desse porte — 640 quilos e 2,5m de altura —, o que coloca o país em um grupo de menos de 20 países com essa competência”, completa.
O desmatamento na região amazônica e o desenvolvimento da agricultura em todo o território nacional são os alvos . O satélite será colocado em uma órbita sol-sincrona — que permite passagens sucessivas sobre o mesmo ponto da Terra à mesma hora solar — a uma altura de 760km e cruzará a Linha do Equador no sentido Norte-Sul às 10h30 do horário local, viajando a uma velocidade de quase 27 mil quilômetros por hora.
A essa velocidade, o satélite levará apenas cem minutos para dar uma volta na Terra, permitindo com que ele obtenha imagens de qualquer ponto do planeta a cada cinco dias. Conjuntamente, o CBERS-4 e CBERS-04A irão promover imagens recorrentes do território brasileiro a cada dois ou três dias.