Moraes concede prisão domiciliar a Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar Marielle
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a transferência do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) para prisão domiciliar, alegando problemas de saúde. Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Preso desde março de 2023, o parlamentar estava detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). A decisão prevê tornozeleira eletrônica, proibição de visitas (exceto advogados), de uso de redes sociais e de contato com outros investigados. Entrevistas também estão vetadas sem autorização judicial.
Apesar da gravidade do crime, o processo de cassação de Brazão na Câmara dos Deputados segue travado, mesmo após parecer favorável do Conselho de Ética.
A morte de Marielle e Anderson, alvo de mais de nove tiros, segue sem punição definitiva para os mandantes, enquanto suspeitos como Ronnie Lessa, Élcio Queiroz e Maxwell Simões fecharam acordos de delação premiada. A concessão da domiciliar reacende o debate sobre impunidade e tratamento diferenciado para autoridades.
