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Arthur Lira processa Felipe Neto por danos morais em debate na câmara
O embate entre poderes toma novo rumo à medida que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), move uma ação contra o influenciador digital Felipe Neto. A contenda surge após uma fala proferida por Neto durante um debate na Casa em 23 de abril, onde o influenciador se referiu a Lira como “excrementíssimo”, uma alusão ao pronome de tratamento “excelentíssimo”.
A Procuradoria Parlamentar da Câmara alega que Neto cometeu injúria ao desrespeitar instituições democráticas e ofender o deputado durante um evento institucional que debatia a regulação de plataformas digitais.
O juiz Cleber de Andrade Pinto, da 16ª Vara Cível de Brasília, ordenou uma audiência de conciliação entre Lira e Neto, mas ainda não há data definida. Enquanto isso, a assessoria do influenciador aguarda notificação sobre o assunto.
A ação da Procuradoria da Câmara defende a condenação de Neto para “compensar minimamente a dor sofrida” por Lira e produzir efeitos pedagógicos. Argumentam que a injúria proferida durante um evento sobre a regulamentação das plataformas digitais é prejudicial à sociedade, especialmente vindo de uma figura de destaque na formação de opinião. Antes de recorrer à Justiça, Lira já havia acionado a Polícia Legislativa da Câmara contra Neto, alegando que o influenciador proferiu expressões injuriosas contra ele.
Enquanto isso, Neto defende sua fala como uma “crítica irônica” à atuação de Lira em relação ao PL das Fake News. Em nota, o influenciador afirmou que não se intimidará com tentativas de silenciamento, reiterando seu compromisso com a liberdade de expressão. O embate entre Lira e Neto ressalta a tensão entre a política e as vozes críticas na esfera digital, levantando questões sobre liberdade de expressão e responsabilidade no uso das redes sociais.
