Prefeito de Luziânia é indiciado por fraude em programa habitacional

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Diego Sorgatto e mais 14 pessoas são acusados de fraudar o programa Habitar Melhor para beneficiar aliados e empresários em Luziânia

 

 

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou o prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto (União Brasil), junto com outras 14 pessoas, por suposta participação em um esquema fraudulento no Programa Habitar Melhor. As irregularidades teriam ocorrido entre 2018 e 2019, quando Sorgatto ainda era deputado estadual. Segundo o inquérito, foram realizadas inscrições fraudulentas de moradores de Luziânia no programa habitacional do governo, em especial na modalidade “Cheque Reforma”, destinada a reformar moradias precárias para famílias de baixa renda.

As investigações apontam que os dados falsos eram inseridos no sistema da Agência Goiana de Habitação (AgeHab), muitas vezes com a ajuda de pessoas ligadas a uma associação conveniada que operava o programa em parceria com o governo. De acordo com o relatório policial, esses cadastros incluíam empresários e pessoas conectadas a políticos locais, que não atendiam aos critérios estabelecidos, como renda de até três salários mínimos e necessidade comprovada de reforma.

O inquérito destaca que, enquanto muitas pessoas que realmente necessitavam dos benefícios eram deixadas de lado, o programa foi usado para favorecer aliados e conquistar apoio político. O envolvimento de Diego Sorgatto é descrito como central, sugerindo que ele liderava o esquema e mantinha controle sobre a liberação das fichas de cadastro, beneficiando parentes, aliados e até conhecidos, como a babá de seus sobrinhos.

Mensagens trocadas entre Sorgatto e um representante da associação mostram um alinhamento claro para garantir que certos nomes fossem contemplados, em detrimento daqueles que realmente precisavam do auxílio. “Todos teus serão atendidos. Já liguei para todos. Prioridade aqui são os teus”, escreveu Sorgatto em uma das conversas. Para a polícia, essa evidência demonstra que o ex-deputado exercia controle direto sobre o programa, usando-o como ferramenta de influência política.

O inquérito encaminhado à Justiça detalha como a gestão do programa foi deturpada por interesses particulares e se transformou em um mecanismo para compra de apoio político, deixando as pessoas em situação de vulnerabilidade à margem de um benefício que deveria ser destinado a elas. O caso levanta graves questões sobre a ética e a integridade dos gestores públicos envolvidos, além de expor a falta de fiscalização e controle no uso dos recursos destinados às políticas habitacionais.

 

O que diz o outro lado

Procurada, a prefeitura de Luziânia não se manifestou. Diego também não retornou às tentativas de contato da reportagem. O espaço segue aberto. O inquérito policial foi encaminhado à 2ª Vara Criminal da Comarca de Luziânia. A Justiça decidirá se dará prosseguimento ao processo.

 

Com informações Metrópoles

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