Por Paulo Medeiro
A história da humanidade é um testemunho eloquente de que regimes autoritários e governos baseados na imposição da força, no engano e na manipulação jamais alcançaram prosperidade duradoura. Povos, tribos, reinados e impérios que ignoraram os princípios fundamentais de justiça e verdade invariavelmente enfrentaram o colapso. Mesmo as nações modernas, democráticas ou não, têm demonstrado que a tentativa de governar com base em interesses próprios, mentiras ou manipulação do povo, resulta em fracasso.
Um exemplo contemporâneo desse fenômeno é o que tem sido chamado de “juristocracia”. Trata-se de uma distorção do equilíbrio democrático, onde juízes atuam como políticos, interpretando a democracia segundo suas próprias agendas, muitas vezes em detrimento da verdadeira soberania popular. Essa postura entra em contradição direta com o princípio básico consagrado no parágrafo primeiro da Constituição: “Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”.
Quando o poder deixa de emanar genuinamente do povo e passa a ser monopolizado por um grupo ou instituição, seja através de força bruta ou de interpretações distorcidas da lei, o governo perde sua legitimidade. A história ensina que governos que ignoram a vontade coletiva em prol de interesses próprios ou ideologias exclusivistas não conseguem sustentar-se por muito tempo. A força do povo é inevitável, pois a maioria, em sua busca por justiça e verdade, sempre prevalece.
Criar factóides ou enganar a população com narrativas manipuladas pode oferecer um controle temporário, mas é uma estratégia fadada ao fracasso. O engano, por mais habilidoso que seja, não substitui a força da verdade, que inevitavelmente vem à tona. Assim como os impérios que caíram por ignorar a justiça e a participação popular, regimes e governos que hoje buscam manipular ou subjugar seus cidadãos também encontrarão resistência e, eventualmente, seu fim.
É imperativo lembrar que o poder político legítimo é aquele que serve ao povo, respeitando sua vontade e seus direitos. Governantes e líderes devem aprender com os erros do passado, buscando o bem comum em vez de interesses próprios. A história mostra, com clareza, que a força de uma nação está no respeito às suas raízes democráticas e na construção de um futuro em que a justiça e a verdade prevaleçam. A maioria sempre vence, pois ela representa o verdadeiro espírito de uma nação.