Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, disse nesta quarta-feira (16) que sua saída do cargo tem ligação com as investigações no caso Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em março de 2018.
A afirmação foi dada em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado. O governante foi afastado do cargo em agosto de 2020 e impeachmado em abril deste ano.
“Tudo isso começou porque mandei investigar sem parcialidade o caso Marielle. Quantos foram presos? Os dois executores da Marielle. O meu calvário e a perseguição contra mim foi inexorável. Ver um presidente da República ir em uma live lá em Dubai, acordar na madrugada, para me atacar, para dizer que eu estava manipulando a polícia do meu estado”, disse Witzel.
“Ou seja, quantos crimes de responsabilidade este homem vai ter que cometer até que alguém pare ele? E, se nós não pararmos, essa república chavista ao contrário vai avançar cada vez mais e o nosso país é quem mais vai sofrer com o que estamos vivenciando até hoje”, concluiu o ex-governador.
Witzel foi oficialmente retirado do posto por suspeitas de corrupção envolvendo verbas públicas. A presença de Witzel atende a requerimentos dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), membro titular.
Witzel é a 18ª pessoa ouvida pela CPI. A comissão apura possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do coronavírus e repasses de verbas a estados e municípios e foi instalada em 27 de abril deste ano.
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
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