Governo apresenta terceira versão no caso Covaxin

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Com o intuito de tentar blindar o presidente Jair Bolsonaro, o governo divulgou nesta terça-feira (29) uma terceira versão sobre providências supostamente adotadas depois de os irmãos Miranda terem afirmado que relataram ao presidente pressões para autorização de um pagamento antecipado — não previsto em contrato — pela compra da vacina Covaxin.

A primeira reação do Palácio do Planalto foi tentar desqualificar as acusações do chefe de importação do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda. Apontou-se adulteração do documento que previa o pagamento antecipado de US$ 45 milhões para uma empresa sediada em Cingapura, um paraíso fiscal.

Depois, ficou provado que o documento estava no sistema do Ministério da Saúde e que não havia sido fraudado. Diante dessa constatação, o governo divulgou uma segunda versão para o caso — a de que o presidente da República encaminhou as acusações para serem checadas pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Só que a versão, segundo senadores da CPI da Covid, era muito frágil. Afinal, o encontro entre Bolsonaro, o deputado Luís Cláudio Miranda e o irmão dele, o servidor Luís Ricardo Miranda, aconteceu no sábado, 20 de março. E, na terça-feira seguinte, 23 de março, Pazuello foi exonerado. Considerada essa versão, o ex-ministro teve somente a segunda-feira (22) para checar as informações.

Agora, o governo divulga uma terceira versão. A de que Pazuello repassou as acusações para o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, apurar. Ele teria feito uma checagem “criteriosa” sem encontrar irregularidade. No caso de Élcio Franco, ele teve supostamente mais tempo que Pazuello para fazer a checagem (quatro dias) porque foi exonerado na sexta-feira, 26 de março.

A nova versão foi apresentada nesta terça-feira (29) pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), durante sessão da CPI da Covid.

Ele disse que depois do encontro com o deputado Luís Miranda, Bolsonaro entrou em contato com Pazuello em 22 de março, segunda-feira. Pazuello teria então acionado o secretário-executivo Élcio Franco.

Segundo o líder do governo, Franco fez uma “checagem criteriosa” e não encontrou nenhuma irregularidade.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), integrante da CPI, é mais provável que a nova versão seja “uma mentira” criada para “tentar justificar a omissão do presidente em não tomar a iniciativa de mandar investigar as acusações”.

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