CPI AO VIVO: Cristiano Carvalho cita procura insistente de ex-diretor da Saúde e contradiz Dominghetti

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Após ter se reunido com o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, em 12 de março, o presidente da Davati, Herman Cárdenas, apresentou uma proposta formal de venda de vacinas três dias depois, em 15 de março. A informação é do representante da empresa Cristiano Carvalho

De acordo com Cristiano Carvalho, esse encontro foi mediado pelo reverendo Amilton de Paula, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários. A proposta contemplava vacinas da Astrazeneca e da Janssen.

Principais pontos do depoimento:

Representante da Davati diz que empresa não tem escritório nem CEO no Brasil e que ele atuou ‘somente como vendedor’.

Vendedor da Davati nega relação prévia e diz ter sido procurado por Dominghetti para negociar vacina.

Ele mostra mensagens em série atribuídas a diretor da Saúde; ‘o inverso da Pfizer’, ironiza CPI.

“A primeira mensagem do Roberto Dias comigo, se apresentando como Roberto Ferreira Dias: ‘Boa noite, Cristiano. Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde’. Eu estava absolutamente incrédulo que era um funcionário do Ministério da Saúde entrando em contato comigo às 19h. Foi no dia 3 de fevereiro”, relatou o representante da Davati.

Cristiano contou ainda que, naquele momento, estava com o filho, por isso não respondeu. Ele disse que Dias foi insistente e mandou mensagens e fez ligações em sequência.

Uma ligação foi às 19h40. Cristiano não atendeu. Então, às 19h41, Dias mandou mensagem:

“Boa noite, Cristiano. Aguardo seu contato”, leu o representante da Davati.

Às 19h53, Dias fez nova ligação. Cristiano não atendeu. Em seguida, nova mensagem:

Nesse ponto do relato, os senadores da CPI começaram a dizer: “É o inverso da Pfizer”, e soltaram risadas. Eles fizeram referência ao fato de o governo ter ignorado diversas propostas de compra de doses da vacina da Pfizer e só ter fechado contrato meses depois de feita a primeira oferta.

A Davati tentou vender vacinas da Janssen ao Ministério da Saúde e enviou proposta a Élcio Franco, afirma.

Representante afirma que, diante da insistência de Dominghetti e ‘alguns na Saúde’, viu na venda de vacinas uma ‘oportunidade’.

Cristiano Carvalho afirmou que não recebeu pedido de propina. Sobre Roberto Dias, ele respondeu: “Comigo ele sempre tratou profissionalmente, nunca tratou de propina, nada disso”.

Cristiano Carvalho leu uma série de mensagens atribuídas ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. Cristiano relatou insistência de Dias em buscar contato, e os senadores da CPI ironizaram dizendo que a postura é o oposto da que o governo demonstrou com a Pfizer, quando demorou meses para fechar o contrato da vacina.

Cristiano Carvalho afirmou que foi procurado pelo policial militar e autointitulado vendedor de vacinas Luiz Paulo Dominghetti em janeiro deste ano – e que o PM já tinha o intuito de negociar doses do imunizante.

Carvalho diz que, até o início do ano, sequer conhecia Dominghetti. Essa versão entra em conflito com o depoimento do próprio PM, que disse à CPI ter sido designado pela empresa norte-americana Davati para negociar lotes de vacinas no Brasil.

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