Polícia Federal reclama de condições de trabalho em aeroporto de Guarulhos

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Por Carlos Arouck

Com a continuidade da pandemia da COVID-19, a gestão efetiva dos recursos humanos, com relação aos trabalhadores, busca racionalizar o uso de pessoal e reduzir o estresse das equipes que necessitem atuar em ambiente propenso à contaminação.

Agentes da Polícia Federal lotados no Aeroporto Internacional de Guarulhos estão insatisfeitos com os novos procedimentos adotados pelo órgão quanto à detecção de drogas. Recente Instrução Normativa da PF prevê o encaminhamento de suspeitos estrangeiros de portarem drogas dentro do próprio corpo ao hospital para exames que confirmem o tráfico. Todos devem ser levados para o Hospital Geral de Guarulhos (HGG), até o preso expelir a materialidade. Esse mesmo hospital está cheio de casos do novo Coronavírus. Os policiais ficam expostos e a equipe sendo pequena, obriga a permanência frequente à unidade médica, realizando escolta. A área destinada aos suspeitos de traficar entorpecentes localiza-se perto da Infectologia.

Nesse contexto, os policiais esperam que o sindicato e as instâncias superiores adotem o mais rápido possível um conjunto de medidas necessárias à prevenção, controle e mitigação dos riscos de contágio, até que o estado de calamidade se encerre. Quanto às exigências de segurança e saúde, uma das orientações gerais para trabalhadores em função da crise sanitária atual é adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal entre trabalhadores e entre esses e o público externo.

Desde janeiro já foram apreendidos, no Aeroporto Internacional de São Paulo, 228 Kg de drogas com passageiros. É necessário que mais investimentos sejam feitos no setor, principalmente no que concerne aos recursos humanos, visto que o efetivo de que dispõe o Núcleo de Combate ao Tráfico de Drogas (NCTI), é insuficiente para a demanda, sobrecarregando a equipe.

Nota técnica da Fundação Getúlio Vargas, “A Pandemia de Covid-19 e os Policiais Brasileiros”, apresenta percepções dos policiais que atuam na linha de frente durante a pandemia. Um sentimento genuíno e comum que a crise tem incitado nos profissionais que atuam na “ponta” dos serviços públicos é o medo – que é sentido também por boa parte da opinião pública. Os dados da amostra permitiram inferir que 59,7% do efetivo de policiais no estado de São Paulo sente receio de contrair ou ter algum familiar contaminado pelo novo Coronavírus.

* Policial federal, Carlos Arouck é formado em Direito e Administração de Empresas

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