Polícia Federal desencadeia 19ª fase da Operação Lesa Pátria, com foco em atos de 8 de janeiro
A Polícia Federal desencadeou nesta quarta-feira, 25 de outubro, a 19ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar os indivíduos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Nesta operação, a corporação está em busca da prisão de cinco suspeitos que estariam ligados aos atos golpistas. Segundo informações da TV Globo, um dos alvos dos mandados de busca e apreensão é Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, que é primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A operação envolve não apenas prisões preventivas, mas também a execução de 13 ordens de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e Brasília (DF). A ação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Os crimes investigados nessa operação incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido, bem como crimes relacionados à lei de terrorismo, conforme informado pela Polícia Federal.

Esta não é a primeira vez que Léo Índio é alvo de investigações da PF. Em janeiro do mesmo ano, a corporação realizou buscas em seus endereços em Brasília e no Rio de Janeiro. Leonardo Rodrigues é investigado por compartilhar fotos e vídeos ao lado de extremistas durante a invasão e depredação da sede do STF. Uma das publicações o mostrou no topo do prédio do Congresso Nacional, um local onde a permanência é proibida.
Quanto à identidade de Léo Índio, ele já ocupou o cargo de assessor parlamentar do senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Após o senador ser flagrado com R$ 33.150,00 na cueca em 2020, Léo pediu exoneração do cargo. Em seguida, ele foi nomeado assessor parlamentar da Primeira Secretaria do Senado, que era comandada pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
Léo Índio ganhou notoriedade ao utilizar suas redes sociais para divulgar uma campanha de financiamento dos eventos ocorridos em 7 de setembro de 2021. Em algumas postagens, ele informou que a vaquinha aceitava doações em criptomoedas. Isso o levou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal. Na época, o ministro Alexandre de Moraes também ordenou o bloqueio das redes sociais de Léo Índio e de uma chave PIX divulgada por ele para arrecadar doações.