Documento aponta que presidente e sua filha Laura teriam plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação
Segundo informações da Polícia Federal (PF), o certificado de vacinação contra a Covid-19 em nome do presidente Jair Bolsonaro e de sua filha Laura foi emitido no Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro. A emissão teria ocorrido em 22 de dezembro de 2020, um dia após a suposta fraude ter sido executada.
De acordo com o documento da PF, os envolvidos na fraude tinham “plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação” e se mantiveram inertes. Além disso, o certificado de vacinação da filha de Bolsonaro, Laura, teria sido emitido em inglês, um dia antes de ela embarcar para os Estados Unidos.
A suspeita de fraude na vacinação de Bolsonaro e seus familiares ganhou força após o jornal “O Estado de S. Paulo” revelar que o presidente e sua família teriam recebido doses da vacina de forma irregular. Segundo a reportagem, as doses teriam sido aplicadas por um médico particular, sem registro na agenda oficial do governo.
O caso gerou uma série de críticas ao governo brasileiro, que enfrenta uma grave crise sanitária com mais de 400 mil mortos pela Covid-19. A emissão do certificado de vacinação no Palácio do Planalto reforça as suspeitas de que houve uma tentativa de encobrir a fraude na vacinação de Bolsonaro e sua família. A PF segue investigando o caso.