PM de São Paulo prende policial acusado de matar delator Vinícius Lopes Gritzbach
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (16) o policial militar suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o delator Vinícius Lopes Gritzbach. O crime ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024.
A prisão integra a operação Prodotes, deflagrada pela Corregedoria com o objetivo de cumprir 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra policiais militares investigados por envolvimento com uma organização criminosa. Os mandados estão sendo cumpridos em endereços na capital e na Grande São Paulo.
Vazamento de informações sigilosas
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), as investigações tiveram início em março de 2024, após a Corregedoria receber denúncias de vazamentos de informações sigilosas que beneficiavam criminosos associados à facção PCC.
A apuração avançou para um inquérito policial militar, instaurado sete meses depois. Segundo as investigações, policiais militares da ativa, da reserva e ex-integrantes da corporação facilitavam as atividades da facção criminosa, evitando prisões e protegendo líderes do grupo. O esquema também incluía serviços de escolta a criminosos, como no caso de Gritzbach.
O assassinato de Gritzbach
Vinícius Lopes Gritzbach firmou um acordo de delação com o Ministério Público (MP) de São Paulo em março de 2024. Em sua colaboração, ele revelou um esquema de lavagem de dinheiro operado pelo PCC e denunciou policiais civis envolvidos em extorsão.
No dia 31 de outubro de 2024, Gritzbach prestou depoimento à Corregedoria. Apenas oito dias depois, foi assassinado a tiros no aeroporto de Guarulhos. A delação, que permanece em sigilo, foi encaminhada ao órgão pela Promotoria poucos dias antes de sua morte.
A operação Prodotes busca não apenas prender os envolvidos, mas também identificar eventuais mandantes do assassinato de Gritzbach, além de desarticular o esquema criminoso infiltrado nas forças de segurança do estado.
Com informações Agência Brasil