O planos de saúde médicos perderam 254.545 beneficiários de abril e julho deste ano, de acordo com dados do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar). Em abril, eram 47.013.307 beneficiários, frente a 46.758.762 em julho.
O superintendente executivo do IESS, José Cechin, afirma que, em março, houve um aumento importante no número de beneficiários de planos de saúde, já que as pessoas se assustaram com a pandemia de coronavírus.
“As pessoas estavam tendo notícias da pandemia, que ia levar a internações, e quem podia correu para comprar planos”, afirma Cechin. Em abril, as medidas de isolamento se intensificaram e a paralisação das atividades assustou os clientes.
“A perda que não foi tão grande [em abril, porque foi o primeiro mês. O isolamento se estendeu por mais tempo do que se imaginava, muitos negócios começaram a fechar, tiveram perdas tão grande”, diz Cechin, complementando que o cenário fez com que algumas pessoas não conseguissem manter os planos de saúde.
Por isso, em maio houve uma perda considerável para os planos.
Adesões, cancelamentos, saldo e total de beneficiários vinculados a planos médico-hospitalares:
O advogado de direito do consumidor Alexandre Berthe afirma que, para realizar o cancelamento do plano de saúde, basta ligar para o telefone de atendimento ao cliente da operadora e fazer a solicitação. No entanto, Berthe orienta que o consumidor pesquise antes se não há opções mais baratas para que o cliente continue sendo assistido pela saúde particular.
“Muitas pessoas tinham um plano A bom, com os melhores hospitais. Em razão da crise não tem condição de pagar R$ 500 por mês, mas conseguiria pagar um de R$ 200, por exemplo”, afirma Berthe. Além da redução da cobertura do plano, outra opção é a portabilidade para uma nova operadora.
Berthe ressalta que, quem decidir cancelar o plano, não fica isento de dívidas que possa ter com a operadora do plano de saúde.