Piloto brasileiro desenvolve máquina que ajudará no combate ao coronavírus

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Atualmente dirigindo um dos carros mais avançados do mundo, o piloto Lucas di Grassi recorreu uma vez mais à tecnologia. Mas desta vez seu foco está no combate ao coronavírus. O brasileiro da equipe Audi Sport Abt Schaeffler da Fórmula E, categoria de automobilismo movida 100% à energia elétrica, está desenvolvendo uma máquina que utiliza luz ultravioleta de alta intensidade para eliminar vírus e bactérias de superfícies variadas.

O equipamento não pode ser utilizado na presença de muitas pessoas (sem a proteção adequada, a radiação pode ser prejudicial para as células do corpo humano), mas, se aplicada corretamente, pode ser eficaz na higienização de hospitais e outros ambientes fechados. “O jeito que gosto de ajudar é com inovação, pensando em transformar a sociedade para melhor. Com a falta de álcool gel, encontrei essa luz ultravioleta. Vi alguns estudos e resolvi trazer a máquina. O primeiro protótipo ficou pronto em 72 horas”, contou Di Grassi em entrevista a VEJA por telefone.

Cumprindo a quarentena no Brasil após a suspensão da temporada da F-E, di Grassi se reuniu com Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, e já testou a máquina em um vagão do metrô que atende a capital paulista. Os resultados saem em uma semana, mas o piloto garante que a tecnologia funciona e que já é utilizada nos Estados Unidos, na China e no Japão.

“A única coisa é que precisamos saber se mata de forma eficaz em todos os lugares ou se precisa de aplicar em vários ângulos, se o assento azul precisa de uma intensidade diferente do branco, essas coisas”, explica. Para desinfectar um vagão usando álcool e desinfetante, a equipe de limpeza do metrô leva de 35 a 40 minutos. A estimativa é que com esse equipamento, o tempo caia para apenas um minuto. E mais: evita a exposição desnecessária do time de manutenção a superfícies contaminadas.

 

Não é a primeira iniciativa do piloto brasileiro na luta contra a pandemia de Covid-19. Lucas também organizou uma vaquinha e arrecadou 150 000 reais utilizados na compra produtos de higiene, como álcool gel e máscaras de proteção, para asilos. Ele também custeou do próprio bolso a produção de 1 000 máscaras produzidas em impressoras 3D. Segundo o piloto, as doações beneficiaram cerca de 20 000 idosos.

Veja

 

 

 

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