McCoy Tyner, um dos pianistas mais importantes da história do jazz, morreu nesta sexta-feira 6. Nos anos 60, Tyner foi um dos pilares do lendário quarteto de John Coltrane. Seu estilo percussivo de tocar o teclado, e o virtuosismo lírico de suas improvisações fizeram dele uma figura seminal que influenciou dez entre dez pianistas do gênero, colocando-o ao lado de Bill Evans e Herbie Hancock como um dos gigantes do instrumento. Tyner tinha 81 anos, e a causa da morte não foi divulgada.
O sobrinho de Tyner, Colby, se despediu do tio por meio de sua rede social: “É com grande pesar que anuncio que meu tio McCoy Tyner morreu. Um dos melhores pianistas de jazz da história. Uma lenda”, escreveu.
Logo em seguida a família do pianista publicou uma carta em que escreveu que todos os parentes estão com “os corações pesados”. “McCoy foi um músico inspirador que devotou sua vida à arte, à família e à espiritualidade. Seu legado continuará inspirando fãs e talentos futuros pelas gerações que virão.”
McCoy Tyner nasceu em 11 de dezembro de 1938 na Filadélfia e começou a estudar piano aos 13 anos. Alfred Tyner, seu nome de batismo, tinha 21 anos quando o grande John Coltrane o convidou para se tornar um membro do seu aclamado quarteto. Juntos, eles gravaram álbuns clássicos como My favorite things e Love Supreme
O pianista também lançou diversos álbuns solos por gravadoras como a Blue Note. Começando pelo seu LP em 1962, Inception. Em 1965, Tyner deixou o grupo de Coltrane e foi tocar com grandes músicos da época, como Art Blakey, Carlos Santana, Donald Byrd, Grant Green, Lee Morgan, Stanley Clarke e Wayne Shorter.
A espiritualidade foi uma marca importante na vida do pianista. Aos 18 anos, Tyner – de origem cristã – se converteu ao islamismo. Ele dizia que a fé foi um elemento essencial de sua música. “Minha religião ensina a paz, o amor de Deus e a unidade do ser humano. Essa mensagem naturalmente afetou minha música.” (veja)