Ministro do STF determina o levantamento do sigilo da investigação e a Polícia Federal deverá ouvir os investigados e os profissionais de saúde que aplicaram as doses de vacina. Suspeita é de que o ex-presidente e sua filha sabiam da falsificação dos dados nos cartões de vacinação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estabeleceu um prazo de 60 dias para a Polícia Federal produzir um relatório sobre a investigação no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua filha de 12 anos. Além disso, o ministro determinou o levantamento do sigilo de toda a investigação e mandou a Polícia Federal ouvir os investigados e os profissionais de saúde que seriam os supostos aplicadores das doses de vacina.
De acordo com os investigadores, Bolsonaro sabia da falsificação dos dados nos cartões de vacinação dele e da filha. A investigação foi aberta após denúncias de que o ex-presidente teria recebido vacinas contra a Covid-19 sem registro oficial. Bolsonaro sempre afirmou que não se vacinou e que a filha tomou apenas uma dose por recomendação médica.
A determinação do ministro do STF foi uma resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República para que a investigação fosse encaminhada à Polícia Federal e fosse dado acesso aos autos. Com a decisão, o sigilo das investigações foi levantado, o que permitirá a ampliação das investigações sobre o caso.
Ainda não há informações sobre quais medidas serão tomadas caso a Polícia Federal confirme a suspeita de falsificação dos dados nos cartões de vacinação de Bolsonaro e sua filha. O caso segue sendo acompanhado de perto pela imprensa e pela população, em meio a um contexto de debates sobre a vacinação no país e a responsabilidade dos líderes políticos na condução da pandemia de Covid-19.