Ação da Polícia Federal investiga participação de deputado estadual nos atos golpistas de janeiro em Brasília
Nesta terça-feira, 29, a Polícia Federal (PF) conduziu a 15ª fase da Operação Lesa Pátria, visando à identificação dos envolvidos nos atos golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. O foco desta fase foi o deputado estadual Amauri Ribeiro, representante de Goiás pelo partido União Brasil.
Em junho, o deputado admitiu durante um discurso na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) ter financiado acampamentos bolsonaristas, acrescentando que os recursos provinham de pessoas que buscavam defender o país. Nessa linha, a PF conduz a investigação considerando possíveis crimes como “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”.
Durante essa ação, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Goiânia e Piracanjuba, ambas em Goiás.
Até o momento, o deputado Amauri Ribeiro não se pronunciou sobre o caso. Na ocasião de seu discurso, ele revelou ter financiado acampamentos contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendeu que o dinheiro era proveniente de cidadãos que acreditavam na nação e repudiavam o que chamou de “governo corrupto e bandido”. Ribeiro também respondeu a polêmicas anteriores, incluindo o uso de um chapéu na Assembleia e uma foto com sua esposa, justificando-se pela visão debilitada e alegando que ela passava mal.