A investigação da Polícia Federal se aprofunda na direção do deputado Eduardo Bolsonaro no caso de produção de notícias falsas disparadas contra adversários da família Bolsonaro via Internet. Os IPs de computadores utilizados para produzir fake news ligados à Eduardo são focos da PF.
A PF pediu à CPI das Fake News acesso aos dados que, segundo o deputado Alexandre Frota, ligam Eduardo Bolsonaro a postagens caluniosas nas redes sociais.
“A PF quer, primeiramente, confirmar o vínculo dos IPs com Eduardo”, diz a Folha de S. Paulo. “Depois, a investigação vai buscar o conteúdo administrado por esses computadores, para poder afirmar se deles partiram de fato ataques contra opositores de Jair Bolsonaro”.
Segundo a Folha de São Paulo, o deputado Alexandre Frota (PSDB) teria apresentado à PF dados cibernéticos que comprovariam que os computadores de onde partiram orientações para os atos, bem com as organizações dos ataques a instâncias superiores da democracia, estariam relacionados a endereços de Eduardo Bolsonaro ou de assessores dele.
Denúncia
O deputado federal, Alexandre Frota (PSDB) teria relatado à Polícia Federal o envolvimento do filho 01 do presidente da República com esquema de propagação de notícias falsas e ataques ao STF.
Ele prestou depoimento à PF na última semana sobre a investigação que busca esclarecer quem são os responsáveis pela organização e financiamento de atos antidemocráticos no Brasil.
Frota falou à PF na terça-feira, 29 de setembro, e, segundo informações do jornal Folha de São Paulo, teria relatado envolvimento de Eduardo e Carlos Bolsonaro com a gestão e envio em massa de notícias falsas (fake news).
Parte dos materiais divulgados em massa por eles conteria informações sobre a organização de protestos em ataque aos membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Eduardo, teria envolvimento mais direto no caso. Ocupando uma posição de liderança dentro do esquema, segundo Frota teria relatado à PF, Eduardo seria responsável pela orientação e organização de atos antidemocráticos, que além de propagar informações falsas, atacavam o Supremo Tribunal Federal (STF).