A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a ação de um hacker no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Trata-se de um caso antigo, apesar de nova tentativa de ataque no domingo. Desde o fim de outubro, a investigação sobre o outro ataque já era conhecida por agentes da PF, que estão em plena fase de diligências. Contudo, a informação sobre o inquérito apenas veio à tona neste domingo, dia das eleições municipais, devido à lentidão na aferição dos votos.
Conforme adiantou a CNN, a prisão foi realizada em Portugal e teve cooperação da Polícia Judiciária Portuguesa – Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica. Além disso, ainda são cumpridos um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão em Portugal.
No Brasil, a Polícia Federal realiza diligências em Minas Gerais e São Paulo, onde são cumpridos três mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares de proibição de contato entre investigados em MG.
Os mandados cumpridos em território nacional foram expedidos pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação da Polícia Federal. As investigações apontam que um grupo de hackers brasileiros e portugueses, liderados por um cidadão português, foi responsável pelos ataques criminosos aos sistemas do TSE no primeiro turno das Eleições de 2020.
A Polícia Federal apura o acesso ilegal aos dados de servidores públicos divulgados no dia 15/11, além de outras atividades criminosas do grupo. “Os crimes apurados no inquérito policial são os de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal; além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições (9.504/97)”, disse a PF, em nota.
De acordo com as autoridades brasileiras, não foram identificados elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação.