PF prende hacker e deputada federal é implicada em operação que investiga invasão de sistemas do CNJ

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Operação 3FA: Polícia Federal prende hacker e parlamentar é implicada em invasão de sistemas do CNJ

 

Na manhã desta quarta-feira, 2 de agosto, a Polícia Federal (PF) realizou a prisão de Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker do ex-juiz Sérgio Moro e de ex-integrantes da Operação Lava Jato, incluindo o ex-deputado Deltan Dallagnol. A operação, intitulada 3FA, também conduziu buscas em quatro endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli.

 

Os principais alvos da Operação 3FA são Walter Delgatti Neto e Carla Zambelli, e a investigação gira em torno da suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). De acordo com a PF, os delitos em questão ocorreram entre 4 e 6 de janeiro e envolveram a inserção de 11 alvarás de soltura de presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

 

Durante seu depoimento, Walter Delgatti Neto implicou diretamente Carla Zambelli na invasão do sistema do CNJ e na inserção da ordem de prisão fraudulenta contra Moraes. Ele afirmou que recebeu pagamentos como “contraprestação para ficar à disposição da parlamentar”. Além disso, Delgatti mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro, relatando que encontrou o ex-chefe do Executivo no Palácio do Alvorada, onde Bolsonaro teria perguntado se o hacker, munido do código fonte, seria capaz de invadir a urna eletrônica. Segundo o próprio hacker, esse plano não foi adiante, pois o acesso concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) limitou-se à sede do órgão.

 

A Operação 3FA foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também determinou a apreensão de dinheiro e bens (como joias, veículos, obras de arte e outros objetos) com valores superiores a R$ 10 mil, além de passaportes, computadores, celulares e armas dos investigados. O despacho concedeu permissão aos investigadores para vasculharem inclusive “cômodos secretos” que pudessem ser encontrados nos endereços alvo das buscas.

 

As investigações prosseguem para apurar os detalhes do caso e a participação de cada envolvido nas ações criminosas relacionadas à invasão dos sistemas do CNJ e BNMP.

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