PF investiga fraude milionária contra a Caixa com envolvimento de funcionário

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Brasília: Prédio da Caixa Econômica Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Operação conjunta com a Polícia Civil do DF e de Goiás mira “conteiros” e revela prejuízo superior a R$ 11 milhões com movimentações não autorizadas via PIX

 

 

A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (27), mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares no âmbito de uma investigação que apura uma fraude milionária contra a Caixa Econômica Federal e seus clientes.

Autorizada pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, a operação busca aprofundar a coleta de provas por meio de buscas domiciliares e pessoais, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático, além do sequestro de bens.

O foco das diligências foi nos chamados “conteiros” — indivíduos que abrem contas bancárias para vendê-las a estelionatários, sendo posteriormente usadas como contas laranja para recebimento de valores oriundos de golpes. “Este ‘lucro fácil’, com a mercantilização de abertura de contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos”, informou a PF.

A investigação teve início a partir de apuração interna da própria Caixa. As evidências apontam um funcionário da instituição como principal suspeito, acusado de realizar movimentações via PIX sem a autorização dos clientes. O prejuízo estimado é de R$ 11.111.863,13.

Ainda segundo a PF, há indícios de que os valores foram ocultados por meio de contas de terceiros e parte dos recursos foi destinada a sites de apostas.

Os crimes investigados incluem furto mediante fraude eletrônica, peculato-furto e lavagem de dinheiro.

A operação foi realizada em paralelo à ação “Não Seja um Laranja DF e GO”, conduzida em parceria com as Polícias Civis do Distrito Federal e de Goiás. O objetivo é desmantelar esquemas de fraudes bancárias eletrônicas.

A iniciativa integra a Força-Tarefa Tentáculos, fruto de um Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2024 entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do DF, voltado ao uso compartilhado de tecnologias no combate a crimes financeiros virtuais.

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