A Polícia Federal concluiu que há “evidências robustas” de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) recebeu doações eleitorais irregulares da Odebrecht. O parlamentar foi submetido a extração de pequeno tumor no rin, nesta segunda-feira (14)
Em relatório entregue ao Supremo, os investigadores concluíram que o senador recebeu R$ 600 mil da empreiteira na campanha de 2010 sem declarar a quantia à Justiça Eleitoral. De acordo com a PF, foi cometido o crime de caixa dois.
Segundo as investigações, Renan recebeu o dinheiro em duas parcelas, em 20 de agosto e em 15 de setembro de 2010. A PF afirma que os repasses foram viabilizados por um doleiro, que entregou as quantias ao senador num hotel de Maceió.
O relatório está no gabinete do relator do inquérito, o ministro Marco Aurélio, que deve agora enviá-lo à Procuradoria-Geral da República, que decidirá como proceder.
A defesa de Renan disse que ainda não teve acesso ao relatório.
Tumor no rin direito
Renan acaba de deixar o hospital írio Libanês, em São Paulo, onde foi operado para a extração de um pequeno tumor no rim direito. A informação foi publicada pelo jornalista Tales Faria do UOL. Renan não sabe ainda se o tumor era maligno ou benigno.
O médico, Publio Viana, mandou o material para biópsia e o resultado ainda não saiu Renan deu entrada no hospital na última quarta-feira para exames de rotina, quando foi detectado o tumor.
Por conta do pós-operatório, embora passe bem, sem nenhum problema segundo sua assessoria, o senador não deverá participar da convenção para oficializar o candidato de seu partido a prefeito de Maceió. Trata-se do ex-procurador Alfredo Gaspar, cuja campanha Renan vem apoiando com afinco contra a campanha do deputado JHC (PSB-AL), o qual conta com o apoio do ex-governador Ronaldo Lessa.