PF cumpre mandados em SP por fraudes no INSS que podem chegar a R$ 6,3 bilhões

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Foto: Ilustração - PF

Operação Sem Desconto investiga esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões; ex-presidente do INSS e ministro da Previdência foram afastados

 

 

Agentes da Polícia Federal cumpriram, nesta quarta-feira (14), dois mandados de busca e apreensão em Presidente Prudente (SP), cidade a cerca de 560 quilômetros da capital paulista. A ação integra a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Os mandados foram autorizados pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. Segundo a PF, o foco desta fase da investigação é apurar a atuação de um operador financeiro ligado a uma entidade suspeita de realizar descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas. De acordo com a corporação, o investigado teria adquirido veículos de alto valor com recursos oriundos da fraude.

A operação é conduzida pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e teve início em 2023. As investigações apontam que beneficiários do INSS eram registrados como membros de associações voltadas a aposentados sem autorização, gerando descontos ilegais em seus proventos.

Até o momento, a operação já levou ao afastamento de cinco servidores públicos, à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Antônio Stefanutto — por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — e à saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

A PF instaurou 12 inquéritos que investigam três frentes do esquema: entidades associativas, operadores financeiros e servidores públicos. As autoridades estimam que os valores desviados entre 2019 e 2024 possam chegar a R$ 6,3 bilhões.

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