Petrobras diz que é ainda é cedo para baixar preços de combustíveis

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Mesmo com o preço do barril de petróleo (Brent) ter fechado em queda de 24,10% nesta segunda-feira (dia 9), cotado a US$ 34,36, a expectativa de um diminuição do preço da gasolina na bomba pode ser frustrada pelo menos por ora.

Segundo especialistas, para haver a baixa nos preços, seria necessário que o barril permanecesse nesse patamar durante mais algumas semanas. E, ainda assim, analistas apontam que o dólar mais alto (subiu 2,03%, cotado a R$ 4,72) pode ajudar a amenizar a queda nos preços.

“A queda do valor do barril de petróleo é uma questão conjuntural que pode permanecer por esta semana, mas pode retornar aos patamares anteriores. A gente não estima que essa situação não vai perdurar no longo prazo. Então, pode ser que não tenha efeitos para o consumidor”, assinala Karine Fragoso, gerente de Petróleo e Gás da Firjan.

Segundo ela, o valor do dólar e impostos fazem parte da composição do preço final. “A bomba é impactada pelo preço do óleo, mas também pelo câmbio. Então, uma coisa compensa a outra”, observou  Fragoso.

Composição dos preços

De acordo com dados da Petrobras, a composição dos preços finais da gasolina é esta: 29% referem-se ao preço da refinaria ou da importação (onde há o impacto do preço do barril), 45% são relativos a impostos estaduais e federais, 14% dizem respeito ao custo do etanol adicionado ao combustível, e 12% referem-se à distribuição e à revenda.

Já o professor de Economia do Ibmec/SP, Walter Franco, comunga da opinião de que é cedo para previsões otimistas. “Acredito que a Petrobras vá observar esse momento de volatilidade com cuidado e, persistindo a queda, haveria possibilidade de reduzir os preços nas bombas.”

Em nota, a Petrobras informou que “considera prematuro fazer projeções sobre eventuais impactos estruturais no mercado de óleo e gás associados à recente e abrupta variação nos preços do petróleo, uma vez que ainda não estão claras a intensidade e a persistência do choque nos preços”.

A empresa informou que monitora o mercado e segue “implementando seu plano estratégico, que a prepara para atuar com resiliência em cenários de preços baixos”. O presidente Jair Bolsonaro confirmou, dos Estados Unidos, que a política de preços continua sem alterações.

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