Petistas inimigos de Brasília

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Foto: Ricardo Stuckert

PT pressiona mudanças no Fundo Constitucional, ameaçando estabilidade e serviços essenciais no DF

 

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) e figuras centrais do Partido dos Trabalhadores (PT) assumiram uma postura de confronto direto contra o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Liderados pelo ex-interventor na segurança pública após os ataques de 8 de janeiro de 2023, Ricardo Cappelli, e com apoio de nomes como o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, além de Flávio Dino e Rodrigo Rollemberg, os petistas intensificam os ataques ao fundo que sustenta a segurança pública, a saúde e a educação no Distrito Federal.

 

Ricardo Cappelli, Rodrigo Rollemberg e Carlos Siqueira juntos no anúncio de Cappelli ao GDF

Cálculo do repasse em xeque

Ministro da Casa Civil, Rui Costa

Articulações em conjunto com o governo federal para alterar o cálculo dos repasses do FCDF ameaçam não apenas a estabilidade econômica da região, mas também a qualidade de vida de milhões de brasilienses. Em um encontro realizado na última quinta-feira (05), em Brasília, petistas renovaram seus ataques ao fundo. O presidente Lula, que enfrenta um cenário de déficit fiscal apesar da arrecadação recorde, utiliza o discurso de austeridade fiscal como justificativa para a revisão do repasse. “Não é possível que o DF receba mais recursos que outras unidades da Federação”, afirmaram os aliados do presidente.

José Guimarães, alinhado com a estratégia de Lula, declarou: “O presidente Lula quer mudar, e eu quero também. Tem que enquadrar o fundo no arcabouço fiscal, do jeito que está é uma excrescência”. Vale lembrar que o deputado federal José Guimarães (PT-CE) foi suspeito de envolvimento no episódio em que seu assessor, José Adalberto Vieira, foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil escondidos na cueca e mais R$ 209 mil em uma mala de mão.

A família tem um histórico de envolvimento em casos de corrupção. O irmão, José Genoino (PT-SP), foi condenado e preso após o julgamento do mensalão. Agora, buscam prejudicar a capital da República.

Rui Costa reforçou a crítica: “Os recursos do DF têm que estar enquadrados no arcabouço fiscal, como todos os outros fundos. Não pode haver privilégios.” Em uma polêmica declaração anterior, Costa chegou a afirmar que a transferência da capital para Brasília foi prejudicial ao país.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), teve seu nome citado em uma delação premiada no âmbito de investigações sobre supostas irregularidades na compra de respiradores, na Bahia, durante a pandemia de Covid-19. Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), foram encontrados indícios que ligariam Costa, então governador da Bahia na época, a fraudes de até R$ 48 milhões na aquisição dos respiradores.

Reação local e defesa do FCDF

O governador Ibaneis Rocha, a vice-governadora Celina Leão e parlamentares de vários partidos se juntaram para defender a importância do fundo constitucional para o DF | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

As declarações provocaram uma reação vigorosa da classe política e das lideranças locais. O governador Ibaneis Rocha e a bancada brasiliense, em parceria com setores produtivos, sindicatos de servidores civis e militares, bem como representantes do Judiciário, mobilizam-se para barrar os avanços contra o FCDF. A preocupação é clara: os cortes no repasse de recursos comprometeriam gravemente os serviços essenciais do Distrito Federal, afetando segurança, saúde e educação.

 

Uma questão de privilégio ou retaliação?

A tentativa de enquadrar o FCDF no arcabouço fiscal levanta a dúvida: se o governador do DF fosse de um partido alinhado ao governo federal, o presidente Lula estaria disposto a retirar R$ 12 bilhões do fundo? Esse questionamento ecoa entre analistas e eleitores, sugerindo que a discussão ultrapassa os limites da gestão fiscal, adentrando o campo da retaliação política.

A realidade é que o FCDF não representa privilégio, mas sim uma necessidade. Sua existência garante que Brasília, como sede do governo federal, tenha condições de sustentar suas demandas únicas. Atacar o fundo é atacar o coração administrativo e político do país, colocando em risco a própria governabilidade nacional.

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