Skip to content
Um Olhar para o Glaucoma no Brasil revela que apenas 10% dos brasileiros fizeram uma consulta oftalmológica uma única vez na vida. O levantamento aponta, ainda, que quase 40% dos entrevistados não se preocupam com a perda parcial da visão. OMS afirma que os dados são preocupantes.
* Por Larissa Azevedo
A pesquisa foi realizada para lembrar o Mês Mundial da Visão. Os resultados mostraram que, 1 a cada 5 pessoas, entre 18 a 24 anos, nunca foi ao oftalmologista, o que representa 21%. Apenas 10% fizeram a consulta um única vez na vida.
Segundo a pesquisa, 25% disseram que vão ao oftalmologista raramente. E somente quando sentem algum incômodo. Outros 41% não reconhecem que a visão embaçada é algo importante para saúde dos olhos.
E 37% não se preocupam com a perda parcial da visão; quase 80% não compreende que enxergar pontos pretos podem indicar sintoma de doença ocular. A pesquisa mostra ainda que 30% acreditam que se deve procurar o oftalmologista, somente depois de começar a usar óculos e 23% após perceber alguma perda visual.
Apenas 13% acreditam que a consulta ao oftalmologista deve se tornar frequente quando a pessoa tem alguma dor nos olhos. Já entre os entrevistados jovens adultos, com 18 a 24 anos, esse porcentual sobe para 21%.
Pelo menos 60% dos entrevistados da classe C nunca tiveram a pressão do olho mensurada, não sabem o que é ou não sabem se o médico mediu.
Universo da pesquisa
O levantamento foi realizado pelo Ibope Inteligência, neste ano, junto a 2,7 mil internautas brasileiros a partir dos 18 anos de idade. Os jovens são de diferentes estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
De acordo com a pesquisa, há desinformação a respeito do glaucoma, já que 53% dos pesquisados desconhecem que a doença possui a maior probabilidade de um quadro de cegueira irreversível e 41% nem sabem o que é glaucoma.
Além disso, apenas 37% entendem que a ida ao oftalmologista com frequência é uma medida que ajuda a diminuir os riscos, 39% desconhecem sua própria probabilidade de cegueira e 15% associam a perda da visão com o desconforto nos olhos, então entendem não estar no grupo de risco.
“O desconhecimento da doença é preocupante, pois há pessoas mais propensas ao glaucoma, com maior chance de desenvolvimento nos que já têm casos na família, afrodescendentes e pacientes com pressão intraocular elevada.”
Presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Augusto Paranhos Júnior
Glaucoma é grave
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a segunda causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. O glaucoma é a morte da célula que faz a comunicação do olho para o cérebro.
Como temos muitas células, quando o paciente percebe que ele perdeu um grande contingente é porque grande parte do nervo óptico já está danificada. “Isso é um problema sério porque essa célula não regenera e a tendência é piorar e ele não tem como voltar. A demora para perceber em parte é porque temos dois olhos”, informa a OMS.
Campanha
A Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG) lança, em parceria com um laboratório médico, a campanha de conscientização “Não perca seu mundo de vista, tenha um novo olhar para o glaucoma”. A embaixadora será a cantora Daniela Mercury. Ações nas redes sociais visam engajar diferentes públicos, respeitando os protocolos referentes à Covid-19. Com informações da Agência Brasil.
