Pelé comemora 50 anos do milésimo gol dia 19. Veja vídeo

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Pelé afirmou que preferia que o 1000º gol não fosse de pênalti. Ele diz que ficou nervoso. “Quando ajeitei a bola, os jogadores do Santos foram todos para o meio de campo. Pedi ajuda a Deus, a Nossa Senhora…” Logo após pediu ajuda às criancinhas brasileiras. O Rei estará na Câmara Federal, em Brasília, nesta segunda-feira onde será homenageado.

O Rei Pelé comemora 50 anos do milésimo gol na próxima terça-feira (19). Para celebrar essa data histórica, o Museu do Futebol, na zona oeste de São Paulo, terá uma exposição com charges do artista João Carlos Lôbo, que acompanhou toda a carreira do craque santista. Nesta segunda-feira Pelé estará em Brasília para receber homenagem pelo milésimo gol na Câmara dos Deputados.

O material foi cedido por JC Lôbo, a pedido de representantes do Santos Futebol Clube. A mostra abre no própria dia 19 deste mês e fica em cartaz até o dia 1º de dezembro.

A diretora de conteúdo do Museu do Futebol, Daniela Alfonsi, conta que a exposição do artista traz a expectativa para os 1000 gols e também fases de Pelé fora de campo, como o período como ministro dos Esportes.

Noite histórica

No dia 19 de novembro de 1969 Pelé marcava o seu gol de número 1.000 na carreira, durante um duelo contra o Vasco em pleno Maracanã.

O motivo pelo qual o milésimo gol de Pelé era tão aguardado pelos torcedores: ele quase foi marcado no Recife, em João Pessoa saiu o 999.º e em Salvador um chute no penúltimo minuto de jogo bateu na trave.

Desde as primeiras horas da manhã, centenas de torcedores começaram a se aglomerar na porta no hotel Novo Mundo, na praia do Flamengo, onde Pelé estava hospedado com a delegação do Santos.

O Rei concedeu entrevistas para jornalistas estrangeiros que vieram ao Brasil para acompanhar o seu milésimo gol. “É um acontecimento que interessa a todos”, justificavam. Até o cônsul da Nigéria foi ao hotel para ver Pelé de perto. A expectativa era tanta que emissoras de TV fizeram a transmissão da partida mesmo diante de uma proibição imposta pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual CBF.

Gol de Placa

Choveu muito naquele 19 de novembro no Rio, mas a tempestade não impediu que 65.157 pessoas fossem ao Maracanã. O jogo foi uma festa do começo ao fim. Antes do apito inicial, um dos vestiários do Maracanã recebeu uma placa e o nome de Pelé, em homenagem ao golaço marcado pelo Rei contra o Fluminense em 1963 – o lance, inclusive, deu origem à expressão “gol de placa”. Uma das cabines de transmissão também passou a ter o nome de Pelé.

O milésimo gol saiu somente no fim do segundo tempo, mais precisamente às 23h17. Pelé correu para receber passe em profundidade de Clodoaldo e foi derrubado dentro da área. Pênalti. Depois de muita reclamação dos jogadores do Vasco, principalmente do goleiro Andrada, o atacante, enfim, pôde partir para a cobrança. “A bola branca atravessou a linha de gol aos 34 minutos, 12 segundos e 9 décimos, para estabelecer uma ponte entre a realidade e a fantasia: o milésimo gol de Pelé”, publicou o Estado no dia 20 de novembro de 1969.

Todos aplaudiram Pelé. O Rei foi cercado por fotógrafos, cinegrafistas e repórteres. Nos ombros de Agnaldo e Carlos Alberto, ele deu a primeira volta olímpica no Maracanã. Quando o locutor anunciou a sua substituição por Jair Bala, ouviu-se vaias.

Na sequência, no entanto, Pelé surgiu vestindo uma camisa do Vasco, branca com uma faixa preta na diagonal. As vaias, então, foram abafadas por aplausos. O Rei deu nova volta olímpica. Quando terminou, ainda restavam dez minutos de jogo, mas o público, satisfeito, já começava a deixar o estádio.

Rei agradece aos companheiros

Pelé garante ter sido pego de surpresa na última terça-feira ao ver entrar em sua sala no museu Dorval, Mengálvio e Pepe e outros mais que atuaram com ele no Santos, como Clodoaldo. Todos queriam abraçá-lo por causa da proximidade do aniversário do milésimo gol, feito em 19 de novembro de 1969, contra o Vasco, no Maracanã. Ele admitiu ao Estado ter chorado de emoção.

“Vê-los me fez chorar escondido. Todos jogaram comigo no Santos. Foi uma surpresa maravilhosa. O mais importante na vida é ter alguém dizendo que te ama, que te respeita, que agradece sua companhia. Isso é o maior prêmio.”

Sobre o gol que foi noticiado no mundo inteiro, Pelé diz que parece que foi ontem. “Recentemente, estava conversando com o Zoca, meu irmão, e minha mãe. Perdi um tio há pouco, e disse a eles que parecia que foi ontem tudo aquilo, mas já faz 50 anos. Bater pênalti quando está 3 a 0 é fácil. O Maracanã lotado estava gritando meu nome. Fiquei nervoso. Quando ajeitei a bola, os jogadores do Santos foram todos para o meio de campo. Pedi ajuda a Deus, a Nossa Senhora…”, conta o Rei, com detalhes de uma história única de meio século.

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